Sorrindo caminhei. Na valsa nova flutuei e levei de balsa o
carinho. De menino travesso a rei, um rei sem reino, eu sei; minha estrada
bamba de corda de linho.
Escadas para o céu
subi e das nuvens fracas despenquei. Quando para a esplanada olhei uma
certeza sempre terei: de lá nunca fazer meu ninho.
Eu refleti quando na areia branca desenhei; onda de mar
lavou meus sentidos. Eu santo caminhei, junto aos pecados que descobri: rosa,
sempre, será a lança em meus conflitos.
Tanto faz a saudade
do que senti e passei, a liberdade, que tanto guerreei e fiquei iludido se não
terei direito a prosas: versos que, enfim, escreverei sobre amar e prantos.
Bem sei que menino da inocência é rei, reino que se traz
sem ruir, parque de sonhos que se desenha em sorrisos de criança; esses, sempre
serão as joias mais preciosas.
Imaginárias asas da
infância que sempre traçaram os caminhos, canteiros que sempre escondi meus mimos. Hoje, flores de uma saudade intensa.