Sou o velho, sou o antigo e, sou moço
desse momento. Sou Maria, mãe e filhos. Sou tudo na faceta do espelhamento. E existem os outros nomes, outras faces,
outros lares, outras terras e outros ares. Sou o pássaro, sou o anfíbio ou, o peixe, nas águas refletidas dos mares. O que aqui mesmo existe, na verdade é tênue.
Sou criança de todos os lares e sou, avós, de todos os pesares. Sou reflexo de
muitas imagens. Sou espelho que se repete nas superfícies dos existentes e insistentes
olhares. Sou o sorriso e sou o choro nos revérberos das ruas alagadas. Sou o voo
diurno das inocentes vaidades amanhecidas.
Sou o espelho lunar no véu escuro das vaidades emplumadas. Sou o novo ou o velho e
trincado abrigo que mostra as expressões tão sonhadas. E sou os rostos esquecidos
sob as peles envelhecidas e enrugadas. Sou areia aquecida e espelhada. O que se mostra suspenso nas paredes, nas poças, ou nos ares. Às vezes, sou o esquecido opaco, livre das
imagens das vaidades populares. Sou eu quem te lembra que nesse tempo existe uma
verdade nunca escondida. Sou céu ou precipício, porém, sou sempre a verdade
amanhecida. Sou espelho das águas, das areias. e dos prateados lunares. Sou a
vida amanhecida ou anoitecida, de muitos outros lugares.
by betonicou arte: Inspiration - stained glass design - DidierDelamonica