Meus olhos brincam no escuro e, são vagos os meus sentidos de
olhar. Vislumbro meus ares noturnos e, são singelas as minhas janelas
de sonhar. Espalho-me nos sonhos dos meus segredos e distraio-me no universo
dos meus medos. Olhos me fitam e, retorno sem medo o fitar. Espelho as cenas na
ilusão de ótica e, faço voar as minhas asas na surreal caótica.... Meus olhos
brincam de entrever e, também vasculham todo o espaço, esse meu ser. Voam pelos
ares do meu quarto seres mágicos, que são o meu descortinar a divagar nos
vazios. Distraio-me nas fantasias dos
meus portos seguros, o vislumbrar pelas janelas do olhar e, perceber o mundo
dos espaços sombrios; aclaro-me dos medos de olhar no escuro. É esse, o
universo inseguro de ver meus olhos espelhos; os olhos que enxergo brilhantes,
são meus olhos refletidos nos escuros anseios. Apego-me nos sentidos escondidos
que são os olhares para o vazio, a fim de preenche-lo dos divagantes confortos de
minha cama; fitando o negro espaço do meu ar. Vislumbro os seres que
voam, na ilusão do meu suposto sonhado céu, brincando um voo alto, na noite que
visitou o meu brilho. Meus olhos são janelas espelhos que refretem minhas
sensações. Meus olhos brilham no escuro, percebendo o espaço escondido, ainda
sombrio e tênue de minhas emoções. Meus olhos refletem a luz que no escuro
teimo em enxergar. No breu, em volta do meu leito, meus olhos claros teimam em
descortinar meu misterioso mundo de estrelas e borboletas óticas.
"Expresso-me em curvas, retas e esquinas, porque sempre volto onde esqueci algo importante, sempre visualizo o horizonte e, sempre tenho um caminho a escolher. Sigo adiante dobrando esquinas ou fazendo uma curva, mas sempre visualizando uma linha reta da vida". by betonicou © In the ones of the brightness of its commentary.