Avisa aquela flor, que não nasça com as pétalas erradas!
E avisa ao meu amor, que regue essas emoções ressecadas.
E assuma minhas questões, nessas horas tão desesperadas.
Agora tudo e’ quase dor, porque o amor não mais orvalhou...
Então avisa a todos, que todo este amor, ainda em mim restou...
Estou indo para os portões; aqui e’ o lugar dos
descontentes.
Estou indo para as multidões; afim de tudo daqui ficar
ausente...
Porque ao meu endereço, todas as paixões vis foram enviadas...
Porque nesse dia reconheço, que as vivi de maneiras
desesperadas...
Avisa, que de nós dois eu fui amor... E das paixões, hoje
desconheço...
Eu nego quase tudo, porem a cara desse amor eu sempre reconheço...
Porque a vida nos deu um grito, e gemidos de dor foram para
nós dois...
Mas a vida também deixou escrita: “Não somos um amor pra
depois”.
Então porque estender a dor, se a dor, são todas as razões
deprimentes?
Essa e’ a vida sobre nós dois, somos as manhãs, somos sobreviventes!
Avisa a esse amor, que temos a vida, e além dela, há nossa
hora marcada.
E que seus beijos curam a paixão do amor, e traz-me leveza,
tão destacada.
O que a vida diz sobre esse amor? Somos tudo, de maneira tão
diferente...
Somos a poesia na febre das estrelas; Vivemos as diferenças docemente.
Sim! Diga numa canção, que tudo começou nas falas tão descaradas.
Sim! Cante sobre nós dois, pois somos um amor de cenas apuradas.
E tudo mostra-se aos olhos! Que vejam esse amor ser o meu
endereço.
A vida nem sempre fecha os olhos! E na cara deste amor me reconheço...
Escutem a canção, e sempre com os corações abertos,
escutem atentos!
Pois tudo e’ sobre nós, os corações amantes, abertos, sem
tempos nevoentos.
Pois todo o meu apreço são ideias, de um amor de belezas tão
delicadas.
Fecho os olhos! Vejo a
alma deste amor... Nossas loucuras não foram erradas !
Sim! Tudo e’ sobre nós...
Somos céu, lua e sol, e as estrelas não derrubadas.
By betonicou ilustrações de Arvind Kolapkar