Meu sono e meus sonhares, são companheiros
dos meus sentidos.
Descanso num sono leve, mas ao sonhar, sempre
acordo meus gemidos. Quando profundo, os meus sonos,
ai vem os pesadelos. Meus sentidos leves tentam emergir, para trazer à tona os
meus sonhos singelos; os intensos,
são os meus flagelos. Meus vagos momentos de sonhar, são a minha realidade,
pouco assistida. São brisas de instantes
leves e são estações, sempre atemporais. E’ uma rápida
passagem pela razão; em meu sonho diluída. Meus sonhos
são meus segredos. Emergem de minhas sensações. São
os planos de meus mundos, sãos ou insanos, e são minhas
harmonias e confusões.
Meu sonho, e’ descansar profundo com
minhas pálpebras pesadas.
Não quero divagar sem rumo, com as percepções
desajustadas. Meus sonhos guardam meus segredos, e mostram as minhas
tentações. Em minhas visões vejo-me, em desejos
loucos ! São minhas febres, ou gélidas emoções. Me pego louco
pelos cabelos tentando acordar meu juízo! Eu quero dormir
por inteiro! Tento atravessar as muralhas. Eu quero o sono simples, sem
desespero. Minha cama guarda o meu corpo Inerte, mergulhado em divagações. Meus
sonhos, às vezes são devaneios,
tipo lisérgicos, de quimeras proporções. Às vezes sonho
os meus retratos, e às vezes, minha pele está vazia, sem as cores dos
momentos que guardo. E tantas vezes me pego em abraços! Meus sonhos são meus juízos, num quadro de palcos abstratos.
by betonicou Arte: nadejda sokolova