Espeta-me a rosa e o sangue aflora, com toda essa dor.
Vivo sempre carente, e do amor sou descrente. Vejo-me complexo, sem ares de nexo....
Viajo pelos vagos caminhos, atônito e perplexo. Espetam-me as palavras que são
jogadas pelas bocas sujas.... Ferem-me a alma, as farpas afiadas das palavras
imundas. As correntes que aprisionam, são os laços frios do abandono.... As lágrimas
esvaídas de onde vejo, são folhas desgastadas, são choros enferrujados de
outono. Espetam-me, esses ares que cortam minha alma, de tão frios....
Repleto está o desejoso anseio, de não lacrimar pelos sonhos vazios. Almejar ?!
Vejo-me envolto de desejos leigos! Revolta-me, os desejos encarcerados, em
tolos segredos... Rosas decoram meu leito de lápide, de mármore frio.
Espinhos espetam meus dedos que Afloram o vermelho. Um liquido viscoso e
embriagante, como o rubor dos vinhos. Vejo-me no eterno, a contemplar meu rosto
sereno.... Subi aos céus em balões, fruto de um sonho singelo e pequeno.
Espetam-me os pesadelos da crueldade das paixões, e ferem-me a alma, esses
sopros tempestuosos das ilusões. Vejo-me perplexo! Agora, com o nexo das
circunstancias enxergo meu reflexo, nas humanas intolerâncias. Espeto-me nas
dores.... Porém, ainda esperançoso ofereço à vida: um maço de um perfumado
buque de flores... by betonicou
"Expresso-me em curvas, retas e esquinas, porque sempre volto onde esqueci algo importante, sempre visualizo o horizonte e, sempre tenho um caminho a escolher. Sigo adiante dobrando esquinas ou fazendo uma curva, mas sempre visualizando uma linha reta da vida". by betonicou © In the ones of the brightness of its commentary.