E’ ver as estrelas, sentir o sol... As névoas densas enevoam
meus
Sentidos; mesmo assim, meus olhos vasculham a imensidão dos céus.
Estou voando, e meus pés, apenas querem a leveza flutuante; feitos
asas...
Estou vagando por entre os cometas, e seus rastros guiam-me ate
Onde esta o meu infinito... Estou buscando algo que há muito
perdi...
Encontrarei o meu eu, meu elo perdido, por entre os mundos
deste
Meu sonho azul? E livre estou, e essas corrente já não assustam
mais...
Estou em meio as correntes que me impulsionam; e estas sim, deixam-me
Liberto! Estou dançando uma dança celestial... E meus passos
leves deixam-se
Levar pelo musicar das trombetas... Estou divagando, e’ esse
o efeito
Entorpecente, ao procurar e observar, o infinito interior deste
abstrato eu...
O céu azul abre seus braços, para receber em seus seios as
minhas asas brancas...
O véu da imensidão rasga-se, e mergulho no cosmos; porque as
estrelas esperam
O meu abraço. Estou de mãos dadas com os anjos, e esses
deram cores às
Minhas imaginações... E os sentidos negros afundaram-se num
poço profundo...
Minhas asas divagam por entre os ares, e meus olhos veem
além das nuvens
Escuras ... Estou pousado num solo sagrado, e deitado estou num
jardim
De flores cintilantes, e corvos brancos voam por entre os
ramos de videiras.
E alço voo para o céu extremo, e minhas asas são de pétalas,
e o perfume
Delas embriagam os seres alados; e esses despencam do meu ar
imaginário...
E o meu mundo tem um sol azul, e seus raios gelados, são a
salvação do
Meu deserto árido... E sereno estou, porque o meu eu
encontrou-me, por entre
As teias de minhas divagações ... As estrelas caem, e mergulho-me
junto, ate
Um mar vivo e escuro... Ai , a vida pede passagem para
desabrochar-se, e
Apegar-se, a um tempo
ínfimo... Ate as flores murcharem, morrerem, e