Eu me refiz e voltei todo sóbrio sorrindo, para o meu centro.
O meu eu trouxe minha lembrança e descobri bem ali por
dentro a minha esperança . Eu hoje prendi, toda a minha
saudade, e peguei os brinquedos, de quando eu era criança.
Eram os piões que rodavam pela força dos fracos e singelos
cordões. Era a ciranda ,que rodopiava, e fazia brotar sorrisos
da força dos meus frágeis tendões . Eu hoje, me desfiz do
meu
desassossego, e descartei os meus segredos na estrada dos
ventos. E venho um brilho de vida para dentro de minhas
janelas...
Meus olhos se abriram para viver os minutos, bem atentos.
Eu acordei num berço embalado pelas brisas, e procurei um
sonho meio sonolento... E divagava devagar, para não pesar
as asas suaves do meu pensamento. Eu colhi buquê de flores,
para os túmulos de minhas lembranças. Eu acordei nas águas
doces da minha inocência crua, dos tempos de infância. Mas
ouvi com saudades as canções solitárias, e externas do meu
mundo ...E revivi todo o passado, alegre ou triste, mesmo
que
por um breve segundo. Eu mergulhei bem profundo, para ver se
achava as águas do nosso lençol. Aquelas águas que irrigavam
cada um, com seu coração dourado de girassol. Porém
encontrei
uma Fonte, de liquido lacrimal. águas cinzas que refletiam a lua fria,
dos nossos quase apagados corpos banhados em formol ... Eu
despertei-me por dentro! Eu acordei bem nesse triste momento!
Minha criança acenou e me puxou-me de volta, ao meu epicentro...
No meu verdadeiro espaço puxou-me, adentro . Eu hoje
busquei
os acenos e os sinais da minha antiga, e esquecida inocência.
Eu
hoje busquei os reflexos presos, nos opacos da minha desmerecida,