Todas as notas contidas, e recolha desse ar, a beleza no
peito.
Sinta até as notas fúnebres, e as transforme em canto de
criança.
Cante todas as preces, e cante aquela que dê conforto e
esperança.
E hoje, eu acordei com os pardais, e reverenciei a luz que
nascia
para todos mortais. Pedi, até uma prece adormecida nos bicos
silenciosos....
Pedi ao calado, silêncio cantante, e me encantei com os
gestos racionais.
Por que tu me cantas a lembrança, oh falsa esperança nos
bicos dos
rouxinóis?! Eu vi meus restos emocionais espalhados nas águas dos
baixos e escondidos lençóis. Canta àquela prece, mas cale a
voz da
da música iludida... aquela que teima em musicar a dor
incontida.
Gorjeiem os pássaros ocultos por entre as árvores, para que
não
descubram, toda aquela paixão escondida. Porque o passado, sempre
vem no presente buscar, todo aquele" blues " dos perdidos.
Então cante
a melancolia, e cante os bemóis aflitos, porém, perdidamente
tão bonitos !
Porque a saudade, e´ o tempo para passeios naquela inocência perdida!
Não o tempo das recordações, das paisagens destruídas, ou meramente
diluídas. Cante a poesia dos cegos, pois esses podem ver um mundo pintado
de confiança.
Cante a poesia dos mudos, aquela voz calada, até diante da louca e tola