Amanheceu tão solar. As tardes
ficam à espreita e as noites, com certeza conseguem me encontrar. Os varais
estão cansados das roupas sujas dos quintais e as chuvas, se derramam molhando
o que era seco; sem juízo e sem sinais. Entardeceram as lembranças que eu, nem mesmo preciso repensar.
Relembrar as cenas sem sentidos, sem rostos, com máscaras que das memórias, nem
consigo mais tirar. É o mar! São esses, os rios calados do meu interno desespero.
São as margens despreparadas, em apoiar meu transbordante destempero. Os meus
lares são tão bonitos, que acalmam os caminhos dessa trama. O dia vem todo com
juízo, que seca, ilumina e apazigua com águas claras todo esse drama. As margens estão caladas, com seus riachos
calmos e brisas, a lhe acalentarem a face açoitada. Os olhos estão multicores,
com as cores das flores a lhes emprestarem o jardim para a alma agora
acalentada. O orvalho cai, antagônico às tempestades dos dias, tardes e noites
de expressões tumultuadas. O sossego refresca
a alma atada em redes aos arvoredos com o ar em volta, carregado do leve e
açucarado odor dos roseirais. Amanheceu ensolarado e entardeceu com o sol se
pondo, enquanto a noite nos espreitava e nos emprestava um sono, na paz em meio
aos temporais.
"Expresso-me em curvas, retas e esquinas, porque sempre volto onde esqueci algo importante, sempre visualizo o horizonte e, sempre tenho um caminho a escolher. Sigo adiante dobrando esquinas ou fazendo uma curva, mas sempre visualizando uma linha reta da vida". by betonicou © In the ones of the brightness of its commentary.
sábado, 16 de março de 2019
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