
Debaixo do sol e distante da lua vaga
acordado e sonhando pela rua. Distante de tudo, nos bailes dos
bares minguante, e andando lado a lado, com a presença
das ilusões sempre constantes. Longe de tudo, neste
vazio infinito, onde lábios vorazes gritam um delírio
restrito. Prosas entre pessoas incertas, breves
versos poéticos nas cenas mais certas... vivendo acordado nos sonhos de alertas,
ou desmontando os palcos
destes ensaios de sonhadores itinerantes. É a vida, que acordada a todas as
cenas vigentes, e mesmo assim cambaleia diante de tantos arcaicos
e pendentes. Diante da mordaça de laços toscos afrouxados soltam-se os gemidos,
nos gritos dos tolos navegantes
Afogados. Andando pelas ruas, por entre sonhos de
utopia dos delírios desvairado, e deste ar de quimeras,
onde a mente vazia alucina, com um pobre perfume
almiscarado, que a todo corpo impregna. Mesmo assim, vivendo
essa vida de loucuras alucinadas vagueiam nossos
versos diante de todas as cenas transloucadas. Divagando acordado, e delirando
sonhos de rua. Dissecando as falas, com as
mariposas desbotadas; essas amantes sacerdotisas da lua.
Nos devaneios tolos das alucinações escondidas dançam-se melodia das loucas
dançarinas vendidas. Longe de casa, em
todos os dementes contidos vagam
as mentes solitárias, com todos mórbidos sonhos escondidos, e ainda nos
assombram os fantasmas, de todos os sonhos roubados e vendidos.