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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Imaginário© Copyright

Descobri um porquê: eu queria explorar o mundo!
Deitar sob as estrelas e dormir um sono profundo.
E mais uma vez, me vejo a sonhar, cantar e dançar um tango.
São elas que me seduzem, a bailar até um mambo.
 
Descobri o porquê de não poder caminhar sobre os trilhos
de um trem, e me pergunto se, porventura, seria eu
o culpado de estragar a viagem de alguém...
E sonhando acordado, me sinto seguro.
Ando sonâmbulo, querendo acertar meus erros no escuro.
 
Descobri o porquê da vida balançar na corda bamba...
Descobri o porquê de minha dança ser mais frenética que o samba.
Descobri que somos presos em uma gaiola, feito pássaros cantores.
E soltamos de nossas gargantas, esses ecos de nossas almas sonhadoras...
 
Descobri um porquê: eu queria arranhar o céu!
Ser da Alice, mais um maluco de chapéu!
Queria ser invisível, mas tenho um sorriso evidente.
Queria ser um cristal opaco, sem o brilho transparente.
 
Descobri o porquê de querer abraçar o mundo!
Queria estender um pouco mais, cada segundo.
Queria poder dançar essa dança, sem tropeçar nos meus passos,
sem desequilibrar de vez, toda essa balança insaciável do talvez.



Betonicou©

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

A cores de tudo © Copyright


As montanhas são cuidados que se
esfarelam
Com a brisa leve de existir. O
 céu nos deu a chuva
E nossos modos geram suor, para
sermos um misto de tudo...
No peito, trazemos o tratado das
 coisas, para não esquecermos,
 
Pois todo o cuidado é pouco, para
guardar de qualquer modo, todo
Um modo de viver... Pode um
caminho gerar outro caminho,
E as muralhas ruírem sobre o
 todo... Depois, o que resta, é o
Trabalho de reconstruir, todo um
modo de morar. Um sorriso
 
Para oferecer, um jardim para
reflorescer, e o prazer de
 voltarmos a sermos
Lúdicos. E quando traçamos nossos
caminhos, aí, todo o cuidado
Ainda é pouco, para perceber que
o que move as montanhas, é
O querer crer; antes de dizer
 tudo. Eu mesmo guardo no peito o
sagrado...
 
Todo o meu modo resguardado de
 lutar... Às vezes, uma primavera
 para
Recordar, um novo verão para
 aquecer, um novo inverno para
 abrigar,
Um novo outono para amar, e não
 ser um cético nu. E sempre
Um novo horizonte nos é mostrado.
É todo um novo trabalho para
 lidar,
 
Uma nova partitura para compor,
um novo quadro para pintar, uma
 nova
Paisagem para tornarmos a sermos,
 de novo lúcidos. As montanhas
Se erguem, e as nuvens nos tocam
de novo, com seus gases leves e
puros.
Aí, todo amor é guardado, e
mexemos no compasso para uma leve
canção
Poder de novo soar! A primavera,
nos presenteou suas flores para
 nossos
Caminhos poderem calçar. A vida,
no verão nos sombreou para a
Poesia de um outono poder chegar.
 O inverno recuou, para podermos
Reviver as flores, e a beleza das
 cores de tudo.


 Betonicou©               

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Reencontrar-se.© Copyright


Quando a névoa se esvai, e os pensamentos fluem,
como águas de um rio sereno. O coração sempre nos trai,
e os pensamentos jorram, trazendo à tona isso e aquilo.
As orquídeas perderam o viço das manhãs, suas cores são
lembranças a serem contadas no desespero dos divãs.
As águas esvaem-se, e os rios transbordam suas águas turvas.
Sinto falta do sol, do brilho renovado das manhãs, da delicadeza
líquida das chuvas. As torrentes caem sobre o semblante. É a
vida, que ainda toca suas músicas de notas fúnebres e curvas.
Mas ainda posso sentir o gosto doce das frutas, e o cheiro gelado
das hortelãs. Hoje estou em paz com minhas letras irmãs.
Estou a contar estrelas para acordar meus poemas, que
adormeceram num canto, ao relento. Vago por ruelas escuras
alforriando poesias que foram escravizadas num leve passar de
tempo. Ando pelas ruas escuras procurando no céu o meu sol
escondido. Vivo uma lembrança, e trago no peito um
sentimento estendido. E pelos becos obscuros e apertados,
esbarrei em algumas letras perdidas. Era o resto do que faltava,
para contar numa poesia, as histórias escondidas. É o
restante de uma saudade com cheiro de flor. Ainda resta
um perfume de orquídea, esse cheiro que lembra amor. Ando
pelas ruelas das nostalgias, querendo deixar às margens, o
que tento esquecer. E numa música de tema sombrio
procuro um espaço, para uma nova harmonia poder escrever.
Pois procurei pelas estradas dos contentes, para assim,
aprender a ser alegre por dentro. E das janelas de minha
alma observar, para novamente escrever uma nova poesia, e 
ficar atento. Neste meu frágil e romântico epicentro.

 Betonicou©

terça-feira, 26 de agosto de 2014

percepção©Copyright


Sempre digo não, seja ao presente
ou ao sempre...
Seja a mim mesmo, aos de perto ou
 aos ausentes.
Sempre o descanso foge, sempre à
 espera de alguém.
Seja para esquecer ou reviver,
quase sempre há nuvens nos céus.
E o sol se oculta entre as
brumas, escondido está meu
 Avalon!
E as maçãs são doces, e as uvas
são como beijos macios na videira.
Mas o calor se perde nas densas
névoas, turvas estão
As inspirações. E as maçãs estão
 insípidas, e os beijos amargos.
Mas são apenas passagens de um
barco sobre o rio dos
pesadelos...
E a canção vem acalmar num raio
 de farol sobre as águas escuras.
A inspiração vem navegar, e o
 Avalon se revela, por entre as
 clareiras.
Límpidas do ar. E sempre digo
sim, sempre digo viver...
Sempre o sol se faz presente de
 novo, para guiar ao paraíso além
Das nuvens opacas. Os caminhos
 são tortos, e os abismos nos
 tentam.
Para um mergulho sem fim; As
montanhas se erguem como muralhas
de
Guerra. E as asas frágeis, se
quebram num voo por entre ventos
insanos. 
E são desatinos, como passos que
 cambaleiam flutuantes no ar
 vazio...
Sempre digo sim, seja para
avançar ou então recuar. Seja
 para
Levitar ou pesar as medidas que
 valem um sonho. E a inspiração
 vem
Para criar. Sempre abaixo do sol
brotam nuvens de chuva. E as
Chuvas rompem o silêncio das
 ruas. E sempre há o sim para as
 
 verdades...
Ainda que essa se encontre
 escondida. E as mentiras, são
 como um
Não às gotas de orvalho que
 umedecem com frescor todos os
 jardins.
Sinto as manhãs se despedindo das
 madrugadas. Sinto a madrugada
 
Escondendo-se envergonhada,
diante do sol que amanhece. E as
 canções
Vêm, quando a lua desponta
 brilhante; atravessando com raios
 de
Prata a atmosfera que guarda toda
 a vida. Sinto que são noites e dias
Tranquilos, e na luz me abrigo
 nas sombras. E as canções
anunciam
Um novo caminho, uma nova estrada
de infinitos limites. Sempre
Digo não ou um sim, numa sinfonia
 de acordos entre os acordes.
São as horas os minutos, os
segundos, onde nesse tempo a vida
 se revela.
E erguem-se as asas brancas num
 gesto de vento para o descansar
das armas.



 Betonicou©

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Equilibro desajustado© Copyright


Tenha dó, essa vida não precisa correr assim
Nas pistas dos desequilibrados, os tropeços são
Um fato que pode ocorrer, nesses jogos vãos
E dançamos toda essa dança de passos sem fim
 
A expressão embriagou-se, de gestos tão falsos
Onde a música pode envolver em notas de paz
A vida é a dança, repleta dos passos que a vida traz
E veja só esse tablado, onde atuamos nos nossos palcos
 
E as risadas que nos fazem serem todos, uns palhaços
De rostos abstratos, que nos convidam, para um baile só
Dançando nesse palco da vida, vão se desenrolando os nossos laços
E tenha dó de todos nós! Somos Palhaços das gargalhadas sem dó
 
Os gracejos são os ensaios de todas as lágrimas
Desajustadas, tenha dó de todos nós! Pois não se pode rir ou chorar
De tudo, tanto assim! A vida pede mais que uma dança... Este
Tablado é pouco para mim. Ah -! E nem tudo podemos ter... Mesmo
Que tudo seja cena de teatro; E nesse teatro, apenas acontece a
Nossa cena imaginada... Uma dança, e várias risadas, e mais uma cena desvairada.
Um ilusório e distorcido reflexo. E o circo de um palhaço, é às vezes desvirtuado
Assim... Esse palco é louco, e faz de todos, também de louco um pouco... Esse tablado
De circo, é pequeno demais enfim! A vida pede mais, um pouco mais...
 
Tenha dó de todos nós, tenha dó de mim!



 By betonicou


terça-feira, 17 de junho de 2014

Coisas da gente© Copyright

Nem sempre o sol, nem sempre a
 flor,
Nem sempre claro é o que é amor.
Às vezes somos mais do que
 aparentamos ser,
Verdades sem contradições a
florescer.
 
Nem tudo define o que hoje somos,
Nem tudo domina, em nós mesmos
nos pomos.
Esquecidos, perdidos, dentro do
próprio ser,
Nada reluz se não nos permitimos
crer.
 
Nem só de dor é feita a nossa história,
Mas às vezes dói, em sua complexa
 trajetória.
Somos o que buscamos, em essência
e ação,
E o que somos, é nossa própria
 construção.
 
Dores que curam, dores que ficam,
Lembranças que em nós se aplicam.
Tolerância aprendida em breves
instantes,
Em meio a dores, somos
 tolerantes.
 
Nem tudo é tudo, nem todos são
alguém,
E nem alguém é tudo, quando só,
também.
Imaginamos o sol a se pôr, lindo
 a descer,
Montanhas que caem, mas o brilho
 a manter.
 
Por trás de um riso, nem sempre
há canção,
Às vezes é zombaria da nossa
 desafinação.
Desajeitados, erramos a nota, o
 tom,
E um riso falso, por vezes, é um
bom som.
 
Um porto seguro para ancorar a
insegurança,
Mesmo que breve, nos dá
esperança.
O sol se põe, a noite quer
chegar,
E as manhãs ao sol sempre vão
clamar.
 
Se o sol falhar, que venha a
 chuva então,
Gotas de ternura, alívio ao
 coração.
Abraços quentes, abraços frios,
Nem só de verão vivem os nossos
 dias.
 
As estações mudam, pedem ação,
Frio e calor em constante
 rotação.
Flores da primavera, beleza sem
fim,
Enfeitam a vida, até o seu último
 sim.
 
O outono nos chama à poesia,
Aos nossos rostos, como velas, a
 guia.
Navegamos mares de emoção e
 sentimento,
Direcionamos rostos ao vento, ao
 firmamento.
 

By betonicou

terça-feira, 13 de maio de 2014

Reviver ...© Copyright


Esses amores sem direção, sem terra firme pra pousar.
Olham-se as estrelas , estendem  as mãos, querendo nelas
Poder tocar. Esses corações, sempre na contramão,                                                             
Avançando sempre os sinais... E os vermelhos, sempre
Estão marcando todos esses temporais... E esse pulsar
Sem marcação, sem o compasso exato da canção...
Desafina desde então, em todo esse coração de saber
Amar... E as cruéis incertezas, são todas as asas que.
Não podem voar... Essas paixões sempre atemporais,
Pisam, em terrenos, e se perdem nos vendavais... Mas
Ainda, há sonhos quando se olha as estrelas!  Ainda,
Sente-se o perfume, sem os espinhos dos roseirais...
Essas paixões sem direção; trazem os exageros á noção...
Ainda pode-se ver uma luz lá no fundo... Trazendo brilho,
A lúgubre escuridão... Ainda, nota-se, a beleza das luzes dos
Vagalumes, numa noite fria, úmida, sem o brilho do luar.
As incertezas são frias confissões, sacrifícios mornos,
 Para um vazio, falso, e mal erguido altar...  Se não
Pecássemos tanto assim, em amar os falsos sonhos... Se
Não apegássemos tanto assim, aos ilusórios rostos risonhos...
Dentro de nos sempre seria, chuva calma de emoções... Porem,
Precisa ser assim, para amanhecer de novo, e de novo a
Nossa renascida forma das canções...  Hoje li as estrelas, e
Descobri que posso amar!  Vi tudo sobre as incertezas! E vi,
Que essas são sementes vazias, que não devem germinar...
E as certezas, com certeza, são nossas asas coloridas de poesia,
E sonhos, Plainando num lindo verso no ar... São asas brancas de
Um poder de amar... E descobri que as sensações, também
São asas ao vento!  São sonhos, que para voar precisam do seu
Devido tempo... “E tenho que estar atento”! Todos esses erros,
 São marcos, que marcam um recomeço... São sinais, que a vida,
Sempre pode ter um novo e pleno endereço...

By betonicou


domingo, 11 de maio de 2014

Motivos .© Copyright



Ponho-me a cantar, dentre todos os sorrisos, esse e’ o que
Encanta mais! Faço minhas preces, neste vale antes de tristes
Sombras... Expresso em canção, tudo que me carece, minha oração...
Vejo-me sempre mais forte, diante as incertezas de querer demais,
De querer ser capaz, sempre a refletir... Fico de joelhos diante das
 Ansiedades... Faço das minhas preces, meu desejo de felicidade;
Faço brilhar  em todas as sombras de minhas necessidades... Vejo
Diante de meus olhos, todos os rostos sofridos; porem eles, tem
Sorrisos de criança! Toda a infelicidade, não pode acorrentar os
Desejos de querer inocência! Vejo em tantos rostos risonhos, toda
A capacidade de enfrentar as guerras, de todos nossos desejos insanos...
Vivo a cantar todas as notas nessa minha prece, sem as lamentações
 Daquilo que sofremos... Esses meus olhos cansados, de chorar demais...
Toda a essa inquietude, desta juventude de querer sempre mais, de
Sonhar a mais... Ergo a minha visão para dizer então, que esta e’ a minha
Minha canção de viver... Sempre vivi pelos meus olhos, pois sempre vi,  
Tudo que este ser pode querer... Vivo devagar , pois toda a minha pressa
Chegou ao fim... Toda a calma transborda no meu eu todo, enfim...
Antes desiludido com a vida chego aqui simplesmente, através de uma fé, de
Seguir sempre em frente... Carregando toda a estrada que estes olhos viram,
E veem...  Navegando todas as águas, deste sempre meu querer, ou cortando
Do meu jardim todos os espinhos , que teimam em arranhar, essas minhas
Vestes, deste então, já sóbrio espirito na mansidão... Conhecendo as fases
De todas as minhas estações... Sendo simplesmente, frio ou quente... Vou
tecendo a partitura de uma nova, e terna canção... Conhecendo todas
As necessidades desta jornada... Recolho todos os frutos felizes, também
Existentes nessa estrada. Canto os meus dias, nesta minha manhã de preces
Exaltadas!  Vejo toda a minha vida correr mansamente, mostrando os caminhos.
Antes ausentes...  Carrego ainda sobre os meus ombros, parte desta caminhada...
Ainda há um peso a descarregar nos meus dias... Ponho-me a cantar pelos cantos,
Antes de querer chorar mais uma vez mais... Que toda a minha musical prece
Chegue ao teu altar, e que eu reflita , o que quero mesmo deste meu eu ... Toda a
Minha prece leva simplesmente, a minha caminhada... Toda a minha ansiedade,
Será Lavada... pois sei que sempre cuidou, e ainda cuidas de mim... Vivo a cantar
 Toda a minha esperança, e sobre os teus ombros apodero-me, de tua leve
 E certa herança enfim...
 By betonicou

sábado, 12 de abril de 2014

Ausência© Copyright


I São Tantas Falas Caladas
 
São tantas falas caladas,
sentimentos enganados,
Guetos de favelas, ruelas dos
 desabrigados.
Cenas avassalam o olhar
escondido,
Provações para todo peito
dolorido.
 
II É o Luar Sem os Raios de Sono
 
É o luar sem os raios de sono,
Folhas secas despencam das
 árvores de outono.
Vermelho ferrugem cai em rua
 cinzenta,
Poesia borda teias de lembranças
que alimenta.
 
III Falas que se Calam
 
Falas que se calam perante juras
de amor eterno,
Juras esquecidas no frio abandono
de inverno.
Restam as cores vivas, como a
forte cor das violetas,
Cheiro de flores lindas em pomar
de frutas secas.
 
IV Cenas Singelas
 
Cenas singelas calam as falas
 fúteis,
Falas sem mazelas em dias sem
 cenas inúteis.
Flores, cores vivas de aquarela,
Amor embrulhado sem falas, às
vezes acanhado.
 
V Não Como Ruelas de Favela
 
Não como ruelas de favela
 apertando em falas
intransigentes,
Nem notas sem compasso
desarmonizando em risos
 descontentes.
Existem os choros que rezam as
 agruras,
Desconforto de um querer ausente
de ternuras.
 
VI Existe Poesia nas Lembranças Frias
 
Existe poesia nas lembranças
 frias,
Recordações diluídas nas lágrimas
de nostalgias.
Afetos recordados misturam-se
entre cenas perdidas,
Letras quentes aquecem o cenário
das salas escondidas.
 
VII Se Tudo é para ser Esquecido
 
Se tudo é para ser esquecido numa
 gaveta escura,
Ainda assim pode ser ouvido em
notas acanhadas de partitura.
São tantas portas para as
senzalas,
Lugares onde repousam os medos.
 
VIII São Tantas Ruas Estreladas
 
São tantas ruas estreladas de
lembranças,
Motivam um surpreso sorriso pelos
amorosos segredos.



Betonicou©

sábado, 22 de março de 2014

inocência .© Copyright


Quero brincar de roda e fazer coisas de crianças.
Onde esta a juventude de minha lembranças?
Quero a voz fina inocente que grita e canta, em
tons estridentes. Quero um sorriso de menino,
mais uma vez nesse meu coração de sonhos latentes.
Quero a alegria , de minha musica ressonante ...
Quero nesse instante, os sons apaixonados de uma
 brincadeira ofegante... Quero aquele desassossego
da nua responsabilidade... Quero viver novamente e
 ser criança crua de realidade... Quero voltar a me
esconder brincando uma brincadeira não obedecida.
Quero o sorriso de menino, agora na face seca e
empobrecida... Rever as cenas triunfantes, num gracejo,
de esconder. . Onde mostro tudo num instante, num
lindo, e desprendido ato de viver... Com braços abertos
Para a esperança, de uma aurora, de um despertar de
Vida... Face a face , com o brilho de um abraço, de mãos.
de mãe estendidas... Cavalgar no lombo de sonhos alados...
Porque criança, e’ ter magia por todos os lados... Quero o
meu sono embalado pelo cansaço de brincar esmorecido...
Não esta minha insônia de menino ressequido... Quero
 Acordar de vez,  deste sonho onde agiganta dia a dia, a
dura realidade... Acordar na esperança de brincar, nem que
seja nos efêmeros, porém lindos instantes de saudade.
Onde mora minha infância? Essa, a cada dia grita dentro
do meu coração as lembranças cansadas... Essa fria guerra,
De homem versus criança  virou  um tabuleiro de cenas frias,
 E de peças marcadas... Quero voltar aos sorrisos , das soltas,descontraídas

e inocentes gargalhadas .

By betonicou

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Meninas de rapina© Copyright


São irmãs, essas meninas dos meus
olhos,
Duas retinas teimosas, por teus
 olhares brilhantes.
São dois destinos sombrios, duas
 estrelas ardentes,
Despidas de véus, sem rodeios,
 são elas que revelam
Meu anseio tolo.
 
São essas meninas festeiras,
 brincalhonas,
desavergonhadas, são as
 persistências dos olhares,
dessas minhas retinas
 desvairadas.
Brincam com minha alma, essas
 tolas e fogosas irmãs,
Invadem tudo, por entre suas
 frestas, tolas janelas verdes das
hortelãs.
 
Remexem tudo ao redor, e trazem,
para meu desespero,
Essas meninas das rotinas
 exaustivas, dos meus tolos,
Porém fugazes, exageros.
São dois sinos que perturbam a
 paz da minha alma,
Duas batidas que descompassam o
 equilíbrio da minha calma.
 
São dois faróis, com seus brilhos
 incandescentes,
São duas irmãs meninas, de
corações com pulsar acelerado.
São meus olhos de olhares
aguçados, descarados e intensos.
São irmãs, essas retinas que
alteram toda minha rotina,
São esses olhares, de minhas
 meninas, minhas oculares aves de
 rapina.

 

Betonicou©

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Notas de poesia. © Copyright








Eu ouço uma canção, destas, de notas bem marcadas...
E bate o coração, nas emoções fortes , descompassadas...
Revejo os gestos de adeus, para uma vida antes
Descontente... Aceno aos gestos teus, agora,
Tudo tão lindamente diferente... E quando a vida
Calou-se  dos murmúrios, que antes afligia a alma...
Tudo se notou, quando se cantou as notas de uma
Nova historia...  Eu hoje visualizo na memoria, todos
 Os gestos deste infinito que nos rodeia... Um sorriso
 Abre-se no rosto, e de alegria o olhar se planteia.
Eu ouço os corações, destes que tocam a tempo
As notas singelas... E um calafrio percorre o corpo,
Expulsando os tristes sentimentos de mazelas...
E por onde passo cheiro às notas perfumadas.
E por onde ando , ou andei, colho rosas, e deixo
Para traz as flores despedaçadas... Eu hoje acordei
Atento a todos os meus anseios... Eu hoje levantei
Todos os muros dos meus sentimentos... Eu hoje
Fiz de tudo versos risonhos. Eu hoje  voei na canção
Que tocava todos os meus sonhos... Eu acordei, e senti,
Que tudo se fez manhãs... Levantei-me ouvindo uma
Canção, que amenizava todos os meus anseios afãs...
Eu ouço uma canção, dessas que sufocam os gritos...
 Um Beijo nos meus tolos lábios, que abafam meus
Erros contritos... Eu acordei com pensamentos  tão
Diferentes... Ouvi a musica dos anjos, que antes
Sentia ausentes... E hoje andei por uma estrada
Perfumada, e avistei o meu sol que era tudo que  
Me faltava ... Eu ouço a canção trazida nas costas
De um vento... Eu sinto o coração transbordando
De um sentimento... Eu sinto as alegrias dessas notas
Comovidas... Eu vivo hoje de canções, puramente livres,
E coloridas... Eu hoje acordei num lindo, e leve pulsar,
De recomeço... Uma musica livre, com notas singelas,
 Hoje bateu no meu endereço...

By betonicou

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Ares de outono . © Copyright

Neste lugar, tem o cheiro das rosas, esquecidas nas pétalas. Este perfume que impregna o ar deste cômodo, desta casa de portas fechadas, mas janelas abertas, coloridas de amor.

Se é pra ter, que seja perfume de pele quente, cálida, que derreta a minha muralha gélida, que me envolva em sua mão estendida, para desatar os meus laços, revelar a paixão escondida.

Se é pra ver, que seja com teus olhos, a revelar todos os meus jeitos, neste corpo de pele e trilhas cálidas, onde trafegam os meus desejos. Que se tornam e se fazem direitos.

E assim ecoar os nossos murmúrios acima dos gases rarefeitos. Ainda paira sobre nós, um leve odor de flores sortidas.

Sempre descobrimos o vermelho poético das folhas de outono. No vermelho quente das rosas escondidas.

Se é pra ter um cheiro nesse ar, que seja o de nossa travessia. Se é pra ver o que ficar neste lugar, que não seja nostalgia.

A saudade irá me matar se chover ou olhar para este chão. Ou se o frio de inverno chegar, bem sei, que gosta desta estação.

Se é para enganar todos os lados, que seja nossa cumplicidade, então. Se é para estar neste lugar, que deixemos no ar as notas de nossa Linda canção.

Pois aqui neste lugar, onde sonhamos as nossas cenas lindas, às vezes esquisitas, cheira o cheiro deste amor, das flores, coloridas e sortidas.

E o seu cheiro cálido impregna-me com fragrância, das lindas e quentes, coloridas ou brancas orquídeas.



By betonicou


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Simplesmente amor © Copyright



Sempre  falando serio, quando e’ de nos dois.
Falo tudo pra não sofrer depois... Falo
Do beijo que roubou de mim... Quero de
Volta, com seu gosto de flor de jasmim.
Falo das estrelas que seus olhos representam...
Esta beleza além desta esfera. Falo da água,
Do  nosso cheiro, que nossos corpos se banham.
 Falo da beleza loira dessas suas mechas; Destes
Seus lábios que sempre meu beijo espera.
Falo de tudo, pra chegar ao amor... Não                                                                                      
Explicando ... Pois não se explica essa flor...
Falo das flores ainda murchas... Pois essas
Esperam de nosso orvalho, todo o seu frescor...
Falo das cores de nossa poesia, de nossas nuances,
Das cores de nossa magia. Falo de nossos medos...
Esses que nos acorrentam aos tempos de criança...
Falo deste presente, que requer em todos os nossos
Pontos, os dedos e lábios mágicos, que nossa pele
Encanta. Assim , nos livramos de todos os enganos,
Conhecendo-nos... Sabendo os nossos símplices
Gostos... Assim, nosso peito pulsa todo esse amor,
Retratado livremente em nossos rostos... E o que
Falar, quando em seu beijo me calo? E o que esperar,
Conhecendo toda a sua fala? Basta-me esse olhar
Profundo, e esse amor que desse seu lábio exala !
E’ isso que o meu peito aguenta... Toda essa emoção,
E tudo que para mim, você representa... E’ isso que o
Meu peito encerra... Todo esse amor, que compensou,
Toda a ansiosa espera... Falo e grito esse amor, que e’
Tudo dentro desta azul esfera ! 
By betonicou