Quando
a névoa se esvai, e os pensamentos fluem,
como
águas de um rio sereno. O coração sempre nos trai,
e
os pensamentos jorram, trazendo à tona isso e aquilo.
As
orquídeas perderam o viço das manhãs, suas cores são
lembranças
a serem contadas no desespero dos divãs.
As
águas esvaem-se, e os rios transbordam suas águas turvas.
Sinto
falta do sol, do brilho renovado das manhãs, da delicadeza
líquida
das chuvas. As torrentes caem sobre o semblante. É a
vida,
que ainda toca suas músicas de notas fúnebres e curvas.
Mas
ainda posso sentir o gosto doce das frutas, e o cheiro gelado
das
hortelãs. Hoje estou em paz com minhas letras irmãs.
Estou
a contar estrelas para acordar meus poemas, que
adormeceram
num canto, ao relento. Vago por ruelas escuras
alforriando
poesias que foram escravizadas num leve passar de
tempo.
Ando pelas ruas escuras procurando no céu o meu sol
escondido.
Vivo uma lembrança, e trago no peito um
sentimento
estendido. E pelos becos obscuros e apertados,
esbarrei
em algumas letras perdidas. Era o resto do que faltava,
para
contar numa poesia, as histórias escondidas. É o
restante
de uma saudade com cheiro de flor. Ainda resta
um
perfume de orquídea, esse cheiro que lembra amor. Ando
pelas
ruelas das nostalgias, querendo deixar às margens, o
que
tento esquecer. E numa música de tema sombrio
procuro
um espaço, para uma nova harmonia poder escrever.
Pois
procurei pelas estradas dos contentes, para assim,
aprender
a ser alegre por dentro. E das janelas de minha
alma
observar, para novamente escrever uma nova poesia, e
ficar
atento. Neste meu frágil e romântico epicentro.
Como sempre uma poesia maravilhosa!!! Eu adoro passar por aqui sempre!!! Bjus, Beto!!!
ResponderExcluirSempre essa simpatia professora Ivete ! beijossssssssss
ExcluirEstamos sempre a procura de uma nova poesia. Na maioria das vezes, basta olhar para dentro!
ResponderExcluirbjs
E sempre ela esta la nos esperando para nos harmonizar Cynthia Lopes ! obrigado poe essa linda cortesia poetisa ! beijos
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