A
rosa me fere, e o sangue aflora, trazendo consigo toda a dor. Vivo em constante
carência, descrente do amor. Me vejo como um enigma, sem conexões aparentes,
percorrendo caminhos incertos, atônito e perplexo.
As palavras lançadas por bocas
sujas me ferem, como farpas afiadas que machucam minha alma. As correntes que
me aprisionam são os laços frios do abandono. As lágrimas que derramo são como
folhas desgastadas, choros enferrujados de um outono.
Os ares que me ferem cortam
minha alma com seu frio. Estou repleto de um desejo ansioso de não chorar por
sonhos vazios. Almejar? Me vejo envolto em desejos mundanos! Revolta-me os
desejos encarcerados em segredos tolos…
Rosas decoram meu leito de
lápide, de mármore frio. Os espinhos ferem meus dedos, fazendo aflorar o
vermelho de um líquido viscoso e embriagante, com o rubor dos vinhos. Me vejo
no eterno, contemplando meu rosto sereno. Subi aos céus, em balões, fruto de um
sonho singelo e pequeno.
Os pesadelos da crueldade das
paixões me ferem, assim como os sopros tempestuosos das ilusões. Agora, com o
nexo das circunstâncias, vejo meu reflexo nas intolerâncias humanas.
Me firo nas dores. Porém, ainda
esperançoso, ofereço à vida um maço de um perfumado buquê de flores.
...espeto-me nas dores, as vezes..
ResponderExcluirofereço á vida um buqueê perfumado de flores; Sempre!!!!!!
Amei!
Beijo da Sô