Voe ate os céus emplumado alazão.
Voe ate a lua, num voar de turbilhão.
Esqueça que no teu lombo montado,
estão as asas que aos ares, já não mais agradam...
Não se esqueça de fazer um belo voo,
pois em meus pés, tais asas já se encruaram
Desci do monte e para trás deixei minhas
sandálias emplumadas... Montei o teu lombo alado e
carregas agora, minhas lembranças castigadas...
Voe corcel alado e peguemos o rumo, nessa estrada
de via láctea! Voemos pelos odores mesclados,
a esse perfume leve de acácia...
Corra ate as fronteiras da ilusão insana e
voe ate as estrelas, longe da ganância tirana.
Voe ate os céus e enfeite as estrelas meu
Pássaro alazão... misture a magia de minhas
fantasias ao teu voar de insano turbilhão.
Antes voei, abaixo do forro verde do chão
descendo ao inferno da submissão... Agora, um voo
livre pelos céus, por pura e demente diversão...
Todavia sem asas o teu lombo de vento carrega, toda a
minha lembrança! Juntos voemos até o infinito sombrio,
onde os mistérios nos esperam, como portas de herança.
Onde nossos mistérios realmente se completam !
No infinito pousemos num astral torrão!
Deste lugar, um grito quer ecoar pela imensidão,
pois minha voz, ainda pode ser ouvida no vácuo
dos meus tolos devaneios! Do “Olimpo” voei
O voo, das aladas quimeras, dos sonhos loucos
Cervantes não teria escrito melhor... Está lindo!!!
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