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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Amor de tablado...© Copyright







Nas tardes de domingo façamos o que quisermos,
de tudo e afins... Mas façamos, de todas as tardes,
as tardes musicadas, nas alegres canções dos botequins.
Dos beijos e caricias, você e’ dessas mulheres que
encantam assim... Sou teu sol, você e’ a lua de prata
 que transborda de brilho e assim, cheia de graça
dança vencendo as mágoas, ao som alegre dos tamborins...

Se neste vale tudo, neste teu jeito mulher, de fazer-me
feliz... Nas tardes, também valem as praias e suas areias claras,
e me farto  de molhar nos teus beijos molhados; sabor de anis.
Nos teus carnudos lábios, de batom vermelho rosado  de flor
sufoco meu tom raivoso,  em tua  doçura e num leve ardor                                                     descubro que em nossas tardes, somos felizes; enfim!
Vivemos a felicidade nos bares, ou em lindos outros
Lugares,  ou neste  teatro  vivendo eu,  este lado "Arlequim”.

Porém,  não sabe o que dizem às vezes teus lábios
que de fel sufoca, a doçura do teu céu de mel...
Porém, não sabe nada e que o nada, sempre nos leva
a um vazio que pode haver,  por detrás de um tosco véu...
Só sabemos que as tardes nas praças, nos levam ao
ar do paraíso !  Então, porque falar das amarguras?
Nas tardes, só é belo o  teu sorriso! Nas tardes somos
livres,  de qualquer juízo ! Dancemos as musicas românticas,
no tablado molhado das tardes leves, de qualquer botequim ! 
Você “colombina”e ao redor sempre um “Pierrô”...  
E eu em teus braços, sempre teu amor “Arlequim”. Bybetonicou

sábado, 8 de dezembro de 2012

Situações...© Copyright


Sei que estou de passagem por realidades...
Também sei que chorar faz parte, e que
Sorrir pode ate amenizar a dor escondida...
Dura e’ a realidade da condição do humano...
Os erros são cobrados, os acertos reprimidos
E sofridos... Essa condição de aflições e alegrias...
Ser humano, e’ sonhar escondido na solidão das
Ilusões... Mas pode ser sonhar pelos vários caminhos
Que levam ao mar, ao mar das estações...

Sei que cada esquina nos leva a uma escolha...
E cada escolha nos leva a outra esquina...
E cada estação nos traz suas condições, e sentidos...
Penso que a vida, e’ como ar que vai se esvaziando...
E esse mesmo ar preenche outras vidas, que vão
Se esvaziar, e deixar seus rastros nas paisagens...
Sei que cada bolha de sabão traz em si um poema...
E que cada dente de leão, eleva ao ar suas pétalas
De leveza...
Toda rosa tem seus espinhos, e com cuidado
Pode-se colher apenas o carinho, e a delicadeza
De suas pétalas de veludo.

Há caminhos que nos levam a um abismo profundo...
Há vertentes que saciam a sede do descontente...
Há os felizes que vertem as alegrias do mundo...
Há!- eu vago nas passagens, e observo o sol poente...

E sobre o deserto, procuro um oásis de clemência...
Procuro pelas águas, nas areias desertas... Procuro
Quebrar os grilhões... Libertar-me, vagar nas descobertas...
No humano, navego por entre as corredeiras...
No espírito, vago sóbrio... Solto nas notas das canções...
Livre do baque das intempéries... Livre do aperto dos grilhões...
Há!- triste alegria e’ essa condição do humano...
 O de querer "ser, ou não ser" nas questões...
 .Bybetonicou

domingo, 25 de novembro de 2012

Poema vazio...© Copyright


Um trajeto longo, e infecundo... Sobre a Poça d’água
Tal qual poço sem fundo...
Espaço vazio, onde de vazio se enche no todo
Esse todo, que alguém se acha... Um tolo vazio que
Avassala... Esse vazio nesse canto de senzala...
Essas certezas vagas dos cães e seus cios...
Esses desejos que nos lançam nos cômodos
Vazios...
O olhar do querer... O poder, que a lascívia deseja...
Se perdendo no escuro, o tolo procura o vazio que anseia...
No vazio  sem degraus sólidos, sobe o eu, no
Soberbo palco, para vazios aplausos...
Esse som que ensurdece no vazio do mundo...
Esse esconde - esconde, que se brinca adentro
Da nevoa escura...
Esse escuro ermo que escancara a porta...
Que escraviza, seduz e açoita, e a tudo esgota...
Lançamo-nos no vazio de um abismo profundo...
Sempre assim, esse fogo que queima, e o vazio que
Atormenta...
Esse vazio que com pouco, se contenta... Continuar
Vazio, no vazio  almeja-se... No vazio, esse luxo da luxuria,
Vaga no vazio da inconsistência...
Esse véu, que esconde todo o vazio da demência...
Enche-se da nevoa que entorpece os sentidos...
Essa cruel, vazia  e amarga impaciência...
Esse caso do descaso... Essas cenas rudes  que
Tomam os palcos...Crua decadência...
O fechar das cortinas, ainda que por mãos dos incautos...
Os que aplaudem, lançam mais a frente ao vazio descaso...
Esse palco que ilude, e que acorrenta ao tronco...
E nos faz escravos  dos tênues momentos do acaso...
Ainda assim, nos rodeia a esperança...E lampejos,
Trazem-nos de volta a crença... E nos mostra,
Que o vazio que nos ilude... São apenas enganos de
Tola vivência... E que o céu, nos banha todos os dias
Com dourados raios de clemência... Ai de mim, nesses
Instantes vazios da inconsciência! Bybetonicou

sábado, 3 de novembro de 2012

Samba e canela...© Copyright


Ah!- Vejo as tuas meninas! Nos teus olhos, o brilho delas...
Teu sorriso alegra as minhas sinas... Nos teus olhos, essa
Cor de aquarela. Quando te vejo passar, encontro o teu olhar,
Aqui de minha janela
Escancaro-me ao invés de envergonhar... E’ teu cheiro de
Menina canela... Teu cheiro de orquídeas belas... Teus olhos
Verde clorofila... Cabelos com parafina... Fazem-me Acordar,                                                       desta cansada, e tosca rotina...

 Recorto tuas figuras, que nas nuvens teimam em confundir...
Vejo teus contornos, no celeste branco de algodão a me iludir...
Na imaginação, nasce a livre canção... Imaginam-se loucuras,
Desta visão!  Vejo em tuas lindas, e emolduradas, espelhadas
Meninas... Satisfação, em encontrar teu cheiro perdido nos ares,
Ao redor de mim... Não posso tocar teu jeito,... Escoro-me,
No meu jeito de olhar encabulado de ver, e ouvir... Essa minha sina
De fitar, as Tuas acanhadas pupilas... Ah! Eu vejo o brilho de tuas
Meninas !

Este batuque que ouço, neste rebolado que o teu coração toca...
Nessa toca que ilude esconder-se ... Aquilo que mais te provoca...
Este olhar recatado e  quando vejo descubro, o que mais tu gosta...
Espero um beijo, quem sabe não se importa! Vou roubar teu sossego,
Estou à porta quando fito de volta... Ah! -Eu quero fitar, Isso e’ o que
Do meu coração brota! Teus olhos clorofila...  Enamorar e’ minha sina...  
Este teu jeito, de olhar e’ o que fascina! Vejo e te gosto, linda menina.  By betonicou


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Transcendental...© Copyright


Voar além dos céus, tão longe, ate onde poder chegar...
Ao sentir teu corpo nu, enroscar-me... Envolver-te em asas
De sonhos... Quero abraçar-te!
Teus lábios mornos, teu pulsar de emoções... Sentirei, ouvirei,...
Tocar teu rosto, um encanto, um canto quero ouvir... A tua voz
A anunciar... Teu lindo encanto, em um canto,
A me acunhar, me redimir...
Já não queria mais lembrar-me, e realizar alem
Do que posso fazer, pois minhas razões voam
Além das imaginações... Os sentimentos voam alem, nos céus
Das ilusões...

Os sonhos que já não queriam mais voar teimaram
Em pousar, na realidade esquecida...
Já não havia mais onde repousar na terra dos delírios...
Voarei além!  Deixarei que as emoções escolham o
Pouso seguro... Para de novo viver o colorido dos sonhos...
Sentir teu rosto, sorrir de espanto... Olhar alegre, ao
Ver teu olhar esvair-se em pranto... Tua emoção, em
Meu rosto refletir nos olhos ansiosos de querer-te tanto...

A salgada, e sagrada lagrima, que se encontra com o sorriso
Molhado... Esvaíra- se abaixo ate o pulsar... Reflexo das emoções...
Em cachoeira de águas sentidas, essas emoções diluídas...
A molhar o pulsar seco das batidas ressentidas...
Voar leve, acima dos pesados sonhos... Estas tormentas que nos
Arrastam para o deserto dos delírios... Irei Apegar-me, novamente  
Aos sentimentos de gosto... Para novamente, poder pousar em terra
Fértil de sonhos  nitidos ... Voar além dos céus... Pousarei no sagrado
Lago... Um levitar pelas águas calmas, e tranqüilas... Bybetonicou

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

letras perdidas... © Copyright




Onde esta a alma gêmea? Por quais estradas anda, ou andou?
Onde estão os pontos e vírgulas, desta frase que e’ a vida?
Desta vida que no amor desandou...
Onde esta a rocha que encobre a pureza do ouro?
Este ouro que luzente brilha, este amor escondido como tesouro...
Onde estão as flores lindas que   fazem da paz de jardim, meu ancoradouro...

Onde estão as ondas do mar? Tão longe vai, em deserto a transformar...
Esse areal seco,  esse pó que sufoca... A alma esta  a secar...
Um brinde seco as tristezas... Que nos tirou a paz das certezas...
Um aceno, um gesto obsceno... Danem-se todas as cruezas...
Um beijo, sim um beijo! Deixa os lábios mornos às magoas afogar...
Quero a metade que falta, quero o todo sentimento poder sentir,
Acordar...

Onde esta a parte que a nossa  alma completa? A letra
Que desperta, a palavra vida nos versos do poeta...
Mãos estendidas ao alto, num ato de suplica, uma oração...
Por onde anda a cara metade?A voz que canta, e completa a
 Razão... A nossa razão de emoção... Esse vago espaço, que
Muito desconforta... Nem frio, nem quente... Este morno que nos falta...
Quero o pedaço, da pagina rasgada, e escondida... Aquela parte da fruta
Mordida... Pontos e vírgulas da frase, e as rimas separadas da vida...

A  metade ,   a letra perdida...Bybetonicou

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Espelho das estações... © Copyright



O calor se refugia do frio, e o inverno aquece-se ao sol.
As estrelas choram em lagrimas que cintilam...
As flores que desabrocharam  na primavera, ainda murcham
 Nesse outono...  os espinhos, ainda ferem os sentidos...
Os ventos trazem as folhas que se perderam ao ar...
O chão pisado teima, a não deixar apagar a poeira que
Revolveu-se e assentou-se, com a calmaria que venho após
A tempestade... Os brotos se acolhem a sombra... Nascer,
Viver e morrer! Os fatos que regem o infinito, onde a vida,
Cresce, e segue o seu rumo... Certeiro e’ a certeza da morte...

Nesse caminho, nascem as estradas da vida, onde pouco se vive
Onde muito se vive... Onde muito se anda, ou estagna-se por
Entre as esquinas e bifurcações... Onde bem ou mal, escolhemos  
Nossas trilhas... Onde o bem, ou o mal nos acolhe... Realidades e
Ilusões... Os jardins florescem, onde as pedras fazem o seu cerco...
Em paz, fita-se um anjo... E a paz, esvai-se num assombro...
Hoje, cruzei olhares com um anjo... Nasceu um turbilhão!
Um poço profundo... Um salto, Querendo alcançar o infinito...
No meu céu, estou sem asas para voar...

E’ primavera, desabrocha o sorriso das margaridas...
Abaixo dos céus, um toque de leveza, com pétalas de veludo
Branco... Pequenas bandeiras de paz, em volta de minúsculos
Círculos amarelos, que acenam, ao sabor dos ventos, acenando, e
 Balançando como diapasão, marcando o compasso da vida...                                                                                                       E’ primavera, onde se comemora a vida que brota...
O que antecede o calor que queima, e seca...
O amanhã festeja, antes que da vida, caiam suas pétalas de   
Flores e suas folhas murchas...
E’ inverno, onde se guarda o que a vida necessita... Onde se aquece
Os corações frios da vida... Onde o calor, e’ sorvido da taça de vinho tinto...
O aflito joga-se na taça de fogo liquido...
E’ primavera, onde de novo, comemora-se o renascimento...
E ainda surpreso, fito a vida... A vida diante do espelho...Bybetonicou

sábado, 6 de outubro de 2012

Preciso voar © Copyright


Quero tocar as estrelas, alcançar meus céus.
Abrir os véus, transbordar em mar de alegrias.
Alçar o voo, ver as clareiras, curar as cegueiras.
Voar acima dos muros, que me prendem em sonhos escuros.
 
A vida divaga, nos olhares perdidos pelas janelas.
Quero rebrilhar, saltar as cancelas, pintar de verde a vida cinza.
Sarar o que a tristeza mina, pintar de esperança o que me atormenta.
Os braços se emplumam, querendo voar. Quero tocar as estrelas,
Brincar de sonhar.
 
Quero força, que apague a apatia. Quero vida, não letargia.
Quero as alegrias multicores, os sorrisos de amores.
As brisas e seus frescores, quero viver e suavizar.
Navegar nas ondas, domar os turbilhões que eriçam o mar.
Quero aprender de novo, a vontade de amar.
 
Quero as flores, sem os espinhos que farpam o veludo.
Quero os sabores, sem o amargo que azeda o licor.
Quero o toque, sem o medo que afasta o afago.
Quero o céu, sem o mar que me impede de andar.
 
Quero as asas claras, para voar os sonhos límpidos.
Quero a clareza, para reaver os momentos perdidos.
Quero a transparência, para acender os segredos contidos.
Quero voar, tocar as estrelas, brincar de bailar.
Quero renascer, fazer a vida brotar.
Quero ser feliz, fazer da felicidade meu lar.

   

Betonicou©

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Viver, brincar, e pular...© Copyright



Esta pagina e' um sonho? Se e', não quero mais acordar!
Esta pagina afaga de ternura, o meu gostar de sonhar.
Esta pagina retém a escrita que o meu mundo vaga...
Desabrocha, a poesia,que o meu sonho divaga...
Esta pagina retém, o que fertiliza, um jardim de cores e
Poemas... Nascem dos brotos escritos, flores de cores e 
perfume de alfazemas...
Nesta pagina, onde o tempo perdura vagueiam as letras, 
de versos que se cantam, aos toques de candura...
Estas mágicas letras, e pinturas nanquins ! Adentro, neste
Mundo branco,  com prosas suaves e  essas poéticas loucuras
Tupiniquins...

Esta pagina se faz, de alegrias que ludibriaram as desventuras...
Gravados estão, os versos que sobem, em frenéticas aventuras.
Pulam, de pagina em pagina neste trampolim.... Um salto, neste 
branco mar. As meninices que brincam nos sonhos, onde o adulto
Perde-se,  nas infantis proezas de sonhar! 
Esta pagina, e’ a vida, que corre, feita regatos. Os laços que
Neste branco se fiam, são os caminhos de traços mágicos...
O cintilante, nas pontas do tatos...
Esta teia de letras escuras, é este verdadeiro “balaio de gatos! ”
Borbulham e saltitam, essas letras de vida,  Como felinos, 
Onde vagam os pensamentos risonhos, ou no vaguear em desatinos.

Esta pagina, e’ a vida que se declara e revista... E’ o espírito
que se inspira e  é, a luz que torna as claras, as escuras letras prescritas.
São cores vividas, e  são flores nos campos brancos...  A vida pega nos trancos! 
As alegrias misturadas e diluídas. A existência expressa, nas letras escritas.
A guerra por vencer,  a espera do sabor doce e  a certeza das boas conquistas !  Viver, brincar , e pular!Bybetonicou

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Vida, pétalas e espinhos...© Copyright


Um rio parado, com peixes cansados para nadar...
Um lobo vazio, sem cio, sem forças para uivar...
Uma rosa branca, vermelha pela vergonha...
Um lírio branco, a elegância que o mundo sonha...
Um louco assobio, pelos muros que o vento sopra.
O rebelde faz a guerra, e a ganância tudo aprova...

Aquela farpa trouxe a dor, e num grito consumou-se a
Angustia... Um sorriso acalma o rancor, e traz prazer, e
Renuncia... Uma fonte verte o néctar que abranda a sede...
Uma sede faz da fonte oráculo onde se aprende...
As aves com seus filhotes e a ternura do ninho...
 Esta sede que se aplaca, com a fuga opaca da taça de vinho...


Há um rio que corre, e vida navega nas correntezas...
Há um uivo que anuncia a chegada, da inocente presa...
Rosas brancas enfeitam a vida sem a diferença da cor...
A ansiedade espelhou-se nos lírios... vestiu-se de seda, sem dor.
O vento fez de seus gritos, musica terna das brisas...
Essa brisa que tudo conforta... Refresca a dor das farpas contritas.

Uma fonte de águas límpidas faz a sede se render...
Uma sede por águas claras, por palavras de saber...
Um caminho, um ciclo de chegada, vida, e moradas...
Vidas chegam, Vidas choram... Anunciando as caminhadas...
A vida e seus declínios... A vida e seus altos domínios...
A vida e suas estradas, a vida de pétalas  e espinhos...Bybetonicou

domingo, 26 de agosto de 2012

Ninho de sorrisos...© Copyright





Sorriram pra mim teus lábios... De luz brilhou, e
Teu sorriso lindo deflagrou as emoções escondidas...
Esta luz antes sombreada, rebrilhou em alegrias incontidas.
Sorriu teus olhos ao ver-me passar, reacendeu
Minha face ao cruzar teu olhar... Acendeu meus
Olhos em teus olhos... Sorriu o coração num breve
Olhar de pulsar...

Sorriram teus olhares ao cruzar as  
Esquinas... Cruzou nossos olhares, através das neblinas...
Reacenderam as paixões, rebrilharam nossas opacas
Retinas... Sorriram as manhãs, nos raios de sol, reluziram
As sombras noturnas... Renovaram nossas toscas, e
Acanhadas rotinas...

Sorriram os prantos... Pois são lagrimas de alegrias!
Sorriram em versos fúnebres...  Enterradas estão
As tristezas, e melancolias...
Trocou-se por cantos, e risos, os gemidos de letargias...
Sorriu os céus, em arco Iris multicores... Sorriu debruçada
 Sobre as janelas, o aceno breve de amores...

Sorriram as manhãs, em gorjeios de rouxinol.
Despediram-se, as irmãs: lua, e estrelas, do astro rei sol...
 Sorriu pra mim teus lábios, com carmim das cores...
  Sorriu em teus lábios, meus beijos doces de sabores...
Fizemos dos versos de olhares e risos, nosso ninho terno de


De sentidos...  Um jardim de flores, e cores... Bybetonicou

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Ternura, ternura...© Copyright


Quero um amor fácil, delicado, sem farpas e sem o peso da paixão...
Não encontrando farei companhia, a quem deveras me ama e não
nunca deixa  eu estar só; a solidão..
Quero a companhia singela que se quebra, diante da rudeza...
Quero este amor de muralhas que não se quebra nas incertezas...
Quero um amor tranqüilo, daqueles que adormecem os sentidos...
Um amor de jardim de céu  que floresce os corações partidos...
Quero da vida a pureza do cheiro de jasmim... Quero o silencio
Do amor sóbrio sobre mim... O amor não se ilude, não explode
em gritos... O amor não e’ paixão, esse pobre desejo dos afritos..                                                Quero a ternura de um beijo, um choque de emoções sem medos.
Quero o eterno e puro desejo, de gostar sem segredos...
Quero a doçura do mel que nasce da flor... Este amor sem as causas
que levam ao amargor... Quero um fruto macio, de sabor terno,
Delicado e  sem rancor... O amor, sempre encanta em gestos suaves,
Ternos, e límpidos... Quero a nostalgia singela, sem o silencio dos sigilos...
Pois no amor, tudo e’ às claras, sem receios, sem sentimentos fingidos...
Quero o amor das brisas, de alentos... Enganar  a vida  que e’ assim, feito
Cata-ventos... Entregue aos ares e a mercê dos ventos...
Quero um amor que ampare e amoleça os duros momentos...
Quero um amor que sare as feridas dos desapontamentos... Bybetonicou

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Desejo © Copyright


No verão, segue quente a pele nua...
Estação que transpira a pele crua...
E nas mãos, o suor que escorrega
Emoções,...  nos beijos sobem aos ares
As sensações...
Esta voz quebra o silencio dos sentidos...
Canta a voz, teu soprano nos versos de gritos...
Neste Jogo de desejos é dois sois...
Entreguem á imensidão... Infinitos...

Nos jardins, seguem as águas dos desejos...
Regam enfim, as flores vermelhas de teus beijos...
E no verde do leito, olhamos nosso céu.
Baixam as mãos no silencio descendo teu véu.
No céu azul, lindas formas de nuvens, trazem 
Ate a  mim, a ternura de poesia... E sob a chuva de
Teus beijos regem as notas de silencio, e agonia...
Lembramos que somos passageiros mortais...
Segue novo silencio, e na alegria dizemos; somos
Versos de amores Imortais!

Nossas mãos seguem as trilhas dos desejos...
Nas estações de sois, frios, flores e murchos medos,
Murcham os frutos temporãos... Nascem
No seu tempo, as estações de reais emoções...
Irreal, esse momento de desejos, e medos, onde 
Em teus beijos me perco... Somos dois seres,
Duas estações, dois segredos...
Irreais estas fontes que vertem os desejos...
As caricias de leves toques... Esta linguagem
E amor, de ternura de versos e beijos...By betonicou

terça-feira, 31 de julho de 2012

vida e fatos...© Copyright




Pesquiso as folhas deste jornal querendo
O que fazer desta vida. Leio as paginas de letras
Escuras, e esses vagos brancos da escrita...
E essas fotos que expressam os fatos querem
Preencher os meus Espaços vagos... Querem
Refletir as cores que causam, os meus abstratos.

 Pesquiso as noticias velhas que trazem os
Recados da nostalgia... Abstenho-me das noticias
Novas,que causam a cruel melancolia...
Percorro as letras mazelas procurando poesias
Singelas... No jornal desta vida, são noticias e
 Choros,  de ordinárias novelas.

Leio os fatos que narram os desesperos e vejo
A vida escrita nos espelhos... São as escuras noticias
Que refletem os fatos vermelhos...
 Pesquiso a amargura descrita e leio as linhas
prescritas bordando a amarga noticia, com as
Cores vivas da vida...

Leio as letras escritas no espelho e desmancho o
que revelam segredos... Desmancho o batom
Vermelho com a força suave, e molhada dos
Nossos beijos... Divago nesses espaços escritos, e
Vejo os anúncios explícitos... Corpos, alugados, e
Vendidos... Com dinheiro se compram os desejos
Nos cios...

 Leio os folhetos das guerras, vejo ali que tudo
Encerra-se... Esses capítulos Rudes e cruéis dos
 Tempos de mazelas...
Vejo a paz também escrita e  as bandeiras brancas
que acenam a vida... Acenos gestos de amor! Com um
Abraço, e um beijo, podem comemorar
O que e’ amar sem medida... Bybetonicou

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Reflexos...© Copyright



Escondo-me das tristezas na guarida...
Escondo-me nesta carne sempre viva...
Refresco-me em teus beijos de menina...
Afogo em teus braços as magoa ainda vivas...
Destroço os medos, apego aos teus apegos...
Verei de novo através desta neblina... Teus
Segredos... Vejo em teus olhos, o reflexo dos
Medos...

Sopro aos beijos, para poder suavizar a ferida.
Faço do teu meigo, e singelo jeito, o meu jeito
De vida... Afogo teus receios, nos meus anseios...
Venço teus medos, para te causar segredos...
Realço teus desejos, e te causo anseios...
Quero de novo, enlaçar teus brinquedos...
Sou criança, viro homem, nos teus anseios
De desejos...

Me solto aos ventos, afago teus longos cabelos...
Desarranjo, este teu jeito certo de amar...
Quero eu, atirar teu sossego aos ventos...
Desarranjar teus cabelos, de tanto querer afagar...
Poder sentir de novo, o sopro alegre da esperança...
Você mulher, eu criança, sou sol, você luar.
Nesse instante, sou furacão... Você e’ brisa leve
De soprar... Escondo-me das tristezas em teus seios...
Envolver-me, sem ter receios de afogar...
Ainda de novo, neste amor poder  brincar de borbulhar...By betonicou

terça-feira, 24 de julho de 2012

Momentos de estações.© Copyright


Onde há sol, há luz, há sombras, e vento.
Quando se fere, chora-se de dor... Mas o sorriso
Vem como um sopro de alento.
Esta leve vento, que conforta como toques de
brisas... Chega à ferida da pele, com frescor   
E sensações de ternas  caricias...

Onde correm os rios, ali se espera matar a
Fome... Foge- se do calor que incendeiam as
Matas, e serras... Onde o fogo tudo consome...
Alegrias geram inveja, que causam grandes
Dores ...  Esses seres de tristeza, que esquecem  
Da singeleza forte dos amores...

Onde anoitece, nascem também as belas manhãs
Os delírios se curam nos confortáveis, e macios divãs...
Quando a seca maltrata a terra, esperam-se bênçãos
De chuva... Uma gota de alegria...
Nas memórias, há sempre pensamentos de
 Que nos trazem nostalgia... Onde há esperança   
 De nova vida, plantam-se as fecundas romãs...
Doce , e trágica  ilusão, foi morder a delicia
Das maçãs...

Onde nasce o ódio, ainda pode brotar os frutos
Do amor...
Essa singela ternura, que faz a vida ser doce,
E ser leve, com suave sabor...
Na solidão moram as terríveis, e desesperadas
Angustias... Para uma nova vida, temos que trilhar
O caminho forte das lutas...

Florescem nos jardins de primavera... No verão
Cada instante pede a brisa... Anseiam-se os frios ares,
Que refrescam os calores, que minam a lida da vida...
Enrubesce o verde, na vergonha poética de outono...
Caem-se as flores, na gélida vinda do
Abandono... Este inverno, que anseia o calor da
Providencia... Queima as folhas, com seu frio cruel de
Decadência... Cada instante, cada estação, rege a luta 
Pela preciosa Sobrevivência. By betonicou

terça-feira, 17 de julho de 2012

Mulheres© Copyright



Sentiu as flores, um vento frio e cortante.
Sentiu calores, o gélido abraço angustiante.
Cresceram jasmins nos campos áridos
De amores; e sorriu pra mim, os lábios
Doces de Dolores.
 
Cantou leve canção que ressoou em voz
De suaves dissonâncias; bailou a beleza dançante,
Tocando castanholas em frenéticas
Ressonâncias.
 
Dançou para mim com gestos delicados e desnudos
De Tereza.
Ecoaram em meus ouvidos os musicais sussurros
De pureza.
Cantou em voz doce o soprano, de versos de Serena.
Implorou pelos pecados a angustiada voz de Madalena.
 
Desabrocharam os jardins delicados de Açucena.
Sombrearam-se de flores os desejos ávidos por
Helena. Escreveram e cantaram, sobre as mulheres
De Atenas. É Maria que sempre encanta,
Com seus gestos
e cenas santas.
 
Voaram os pensamentos nos sábios delírios de Mecenas.
Vaguearam os desejos pelas lindas curvas enfeitiçadas das
Sirenas. São ambiciosos anseios, pelos lábios doces de
“Iracema”.
Mulheres inspiram os delírios, de todos os amores de poema.
Sujeitam as mentes férteis ao castigo de rezas, de longas novenas.
Germinam e dão frutos... Os vários nomes das heroicas
e belas Helenas.

 

Betonicou©

sábado, 30 de junho de 2012

Infância e pobreza .© Copyright




Aquele menino guerreiro tem os passos na rudeza...
Na rua, em casa, na favela da incerteza...
Aquele menino guerreiro, luta a guerra da pobreza...
Nos campos, nos canaviais, ou na periferia de crueza...
Vivendo uma luta sem igual, facões com raça no canavial.
Levanta os braços nos açoites de cortes, a cada estação.
O rosto coberto esconde a guerra da triste condição.
Nas mãos, o calejo do açoite rude da infeliz situação...

Aquele menino guerreiro, trás as marcas da vida... Ainda
Que Sejam as marcas de um sorriso... Um disfarce de alegria
Na lida... Traz no coração a pureza de criança, ainda que
Que esta fase, encontra-se perdida...
Brinca de trabalhar, esta roda de ciranda sofrida...
Quando homem vem à tona, a criança pura escondida...
Agora e’ tempo de brincar, a inocência antes esquecida...
Tempo de fantasia incontida...

Tempo de colher o que ficou, tempo de brincar o
Que se plantou...
Tempo de sorrir feliz o riso escondido... Tirar a mascara
Do riso antes, disfarce aflito...
Aquele menino guerreiro virou homem, e brinca 
O que deixou de brincar... Tudo e’ feliz, e bonito!
Traz nas mãos, as marcas, que a vida guerreira marcou... no peito
A saudade, mesmo que dura lembrança! Mas a coragem
Venho, na luta que travou...
E os lábios ainda cantam os versos, que o menino guerreiro
Cantou. Bybetonicou

domingo, 24 de junho de 2012

Anjos, e mascaras.© Copyright


Por entre as nuvens vislumbro, o olhar que brilha
E desassossega... Este fitar de azul de mar.
Longe da terra. Esses espaços vazios que precedem,
O breve instante do acordar...
Longe do beijo morno e da inocência singela...
 Os abraços que todo sentimento segreda... Neste
cantinho de sombra, ante a luz de vela que desvela
essas retinas que teimam,  em mostrar o que
Alem do véu se revela...

Neste ermo sem remo, a velejar sob as mazelas
escondidas ouso secar,  de teus olhos lagrimas
lúgubres e  incontidas...
E este olhar,  tão distante. Este vazio que tudo devora.
A inquietação que a este delicado rosto consome e 
a emoção,  do sentimento rude que deplora...

Neste momento deserto, este meu riso mais belo
deseja  sonhar-te mais feliz, mais sorridente almeja...
A solidão que este teu caminhar noturno segrega...
O contraste que o meu dia, de sol pleno revela, 
na esperança que reside o remédio,  para a triste espera.
Levo a você o sentimento profundo, sem causa,
sem espanto... Apenas da paixão. Um leve ardor
Perto do sol e no azul das estrelas, um leve toque de cor...

Vagueio,  por entre os caminhos, acima das nuvens de
Chuvas. Longe da tempestade que entorna suas gotas
de água de lamurias...
Embaçam teus olhos molhados, as sombras que rodeiam
São agruras... Fecham-se,  os olhos cansados ao verem
Tamanha agonia... Cai a mascara e  mostra-se,  a personagem vil
Melancolia... Faça se luz! Dispa-se da grinalda sombria!
Faça-se luz! Cubra-se,  do claro véu de harmonia.   Bybetonicou

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Orvalho e jardins ...© Copyright



Serenou numa noite fria... Teu calor voltou, e com olhar de lua, com ternura olhou. Teu Corpo molhado de sereno esfregou-me. Tua flor vermelha rubra sossegou-me, e teu sorriso alegre desafogou-me da tristeza. Serenou sobre mim teus olhos de deusa voando, além das tempestades que surram o viço. Sobre mim pousa teus cabelos negros afogando-me, em teu cheiro de doce feitiço. Sobre a pele crua nos derretemos nos segredos. Serenou numa manhã, nos jardins de nossa Infância, onde dançamos nossa doce ciranda desfazendo-nos, de nossos inocentes medos. Nessa brincadeira de roda, nos desmanchando em beijos. Serenaram em nossas cabeças os leves pingos de amor, nesse nosso pequeno espaço de brinquedos. Serenou sobre as pétalas brancas, o sereno rubro de desejos... Respingou sobre as flores murchas, nossos anseios ávidos de odor. Reacendeu sobre elas o fecundo farto de repentinos lampejos. Fecundaram-se no jardim, novos rebentos de flor. Orvalhou na sequidão, no deserto de nossos negros medos. Neste momento de orvalhos serenos faremos deste curto espaço de ensejos, versos claros de amor; sem anseios.  No vazio murcho das folhas de outono orvalhou Respingos de cor. Serenou, em nossos secos segredos.


Arte : soulful woman guidance cards e Gustav klimt



bybetonicou

terça-feira, 5 de junho de 2012

Voz de Musa.© Copyright



Ouvir-te?! Ouvir de ti, versos risonhos... Sentir teus
Abraços largos Envolver-me nas tenazes de teus sonhos...
Os teus versos gentis, dados à poesia perene... Convertem
Em clareza, fazem da vida, um breve momento solene...
Tua fonte de versos, que vertem em águas tranqüilas...
Banham-me, em tuas vertentes cristalinas... Sagrado colírio,
Para minhas abençoadas, e claras retinas... Neste tablado, que e’ a vida...
O palco, e das artes, a galeria... Dançamos, e alegramos                                                                                   
Os passos confusos do caos, das fervidas vias das periferias...

Ouvir-te, o que balbucia em meus ouvidos, numa clareza
Às vezes ofuscada... Sentir no coração, as palavras benditas
Pronunciadas... Antes mesmo, de tua boca profetiza-las...
 Sobre os versos que fazem moradia... No alvo papel, que
Sempre espera os sentimentos escritos... Fazem-se gotas de
Esperança, e consolo... São pontos de cores, que preenchem
Os espaços dos sentimentos opacos, e vazios...

Ouvir-te sem relutar!Os teus pontos que findam cada
Noção de pensamentos... Também ouvir-te em vírgulas,
Que separam emoções, a clareza, e às vezes, das ofuscadas
Leituras sem  discernimentos...
Acolho-te, como Musa guardiã... Fonte, no estiar das estações
Dos meus sentimentos...
E na clareza dos versos, nas prosas, nos teus sinais de pingos,
 E vírgulas de vida... Tu minha Musa inspiradora! Dos mágicos
Sentidos da escrita... Inspira-me no vazio, das estações estéreis
Da triste, e rubra despedida...Bybetonicou

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Ventos de nostalgia... © Copyright

Saudades!
Nostálgica sensação, de momentos passados vividos.
Sinto a faltosa alegria, do teu rosto de largos sorrisos...
O passado que acerca, o presente, em que a felicidade sorriu...
 Cria-se lagrima espessa...  Pranteiam as águas que se sentiu...
Neste mundo, onde a saudade entristece o semblante...
Divagam na minha mente, as lembranças do momento
Infante... Caminha em meus medos, o desejoso anseio
Deste saudoso, e completo instante...

E quando à saudade aperta... teu riso sereno, ainda
Vejo... No meu viver, tu ainda me cercas... Sentir
Tua falta, e’ meu consolo, mesmo que dolorido desejo...
No meu coração que um dia sentiu, e viu... A dor
Abre no coração , as suas frestas... Ai que sofrimento cruel!
 Pois tua presença, no meu peito ,bate forte, e ás pressas ...  
 No Pulsar da saudade, a dor que esmaga coração
Ressentiu... Carrego no peito, a sofrida, e enraizada
memoria ... Nossos momentos felizes, que
Outrora o meu coração viveu, e sorriu...

A felicidade era noite, e dia... Todo o passado,
Teima em doer, em crescente nostalgia...
Percorre o peito, a dor pulsante de leve melancolia...
Relembro ainda, ao som de vitrola... Cantada
Em um doce, e terna melodia...
O meu ser, todo se consola... Ouvir tua herança,
De eterna, e linda poesia... Ouvir (Hey Jude!)

As notas suaves, que abrem as portas do coração...
Atenuam essa hora incerta, de melancólica emoção...  
Revivo a beleza de tua predileta, e linda canção...
Se onde estiver, puder ouvir os soluços de 
De minha saudade... Se puderes, balbucie
Em meus ouvidos, confortos de felicidade...
Ainda bate em meu peito, o pulsar, a tua imensa,
 E cruel saudade...  Mas deixei de lado a amargura...
 Esses anseios profanos de piedade...

Essa dor tão profunda, E tu, tão perto, e distante...  
Desfaço a dor do meu peito, Tua lembrança, se faz luzente...
Ai, onde você esta...  Veja irmão amigo!  Ouço abaixo 
A tua incrustada noção... Cante teus preferidos versos comigo!
 Do teu Céu de giz... A tua canção, de querer ser forte,
 E feliz... Neste dia, celebraremos a tua forma de oração...
Que clama e diz :” Hey jude”! By betonicou
( Ao irmão que se foi.)

domingo, 6 de maio de 2012

Olhar noturno © Copyright



Meus olhos brincam no escuro. São vagos os meus sentidos de olhar. Vislumbro meus ares noturnos, singelas as minhas janelas de sonhar. Espalho-me nos sonhos dos meus segredos, distraio-me no universo dos meus medos.

Olhos me fitam. Retorno sem medo o fitar. Espelho as cenas na ilusão de ótica, faço voar as minhas asas na surreal caótica. Meus olhos brincam de entrever, vasculham todo o espaço, esse meu ser.

Voam pelos ares do meu quarto seres mágicos, que são o meu descortinar a divagar nos vazios. Distraio-me nas fantasias dos meus portos seguros, o vislumbrar pelas janelas do olhar. Percebo o mundo dos espaços sombrios, aclaro-me dos medos de olhar no escuro.

É esse o universo inseguro de ver meus olhos espelhos. Os olhos que enxergo brilhantes são meus olhos refletidos nos escuros anseios. Apego-me nos sentidos escondidos, que são os olhares para o vazio. Quero preenchê-lo dos divagantes confortos de minha cama, fitando o negro espaço do meu ar.

Vislumbro os seres que voam, na ilusão do meu suposto sonhado céu. Brincam de um voo alto, na noite que visitou o meu brilho. Meus olhos são janelas espelhos, que refletem minhas sensações. Meus olhos brilham no escuro, percebendo o espaço escondido, ainda sombrio e tênue de minhas emoções. Meus olhos refletem a luz que no escuro teimo em enxergar. No breu, em volta do meu leito, meus olhos claros teimam em descortinar meu misterioso mundo de estrelas e borboletas óticas.

 Por betonicou