Em “Lo-Debar”, lugar
revestido da
densidade do musgo,
as sombras se encontram
nas
esquinas deste chão.
Os girassóis fracos se
inclinam e o
trigo balança,
ante o vento que se faz
mudo.
A semente não gera o pão.
Eu, um peregrino
contemplativo,
em busca de um convite
para a mesa,
num gesto afável,
benigno, cativo e
genuíno.
as margaridas florescem
solitárias
e murchas,
mas há campos de açucenas
que de
branco puro se vestem,
e aliviam em dias
regados a sopros
de núpcias.
simplicidade do meu
andar pensante.
Na minha Lo-Debar, onde
aprendo, a
passos tortos e turvos,
a arte desapegada de
poder sonhar,
sempre em frente,
resiliente
caminhante.
de reflexão profunda,
minha terra vibra,
feroz, mesmo se
calando e estando neste
tempo
infecunda.
quem me convidará à
mesa da
fraternidade, aqui, em
Lo-Debar?
Oh, em Lo-Debar! Minha
busca,
minha terna, eterna e
profunda canção.
mesmo sendo ela em meus
sonhares
uma felicidade cativa.
Uma verdade que, tanto
assim,
inspira e emotiva.
grito do céu,
e tão perto de uma via
sacra,
divina,
incrustada está minha
Lo-Debar!
Onde a esperança acena,
e na
calmaria da janela
aberta, toda se
inclina.
turbulentas, aquosas e rochosas,
mas leves, de tão
serenas, em
algodão de nuvens macias e
formosas.
minhas cenas,
na transformação das
notas alvas,
delicadas e melodiosas.
Nas vontades íntimas,
singelas e
plenas, cabíveis; não
caóticas.
Boa noite de Paz, amigo Beto!
ResponderExcluir"Busco o caminho das passadas leves.
Eu, um peregrino contemplativo,
em busca de um convite para a mesa,
num gesto afável, benigno, cativo e
genuíno."
Uma estrofe que me lê o que sinto também.
Peregrina contemplativa não vive vontades caóticas...
Muito profundo e sabe que me fez lembrar um certo Peregrino que andou por Nazaré há dois milênios?
Senti um poema místico ao ler seus versos
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos
Querida Roselia, errou por alguns milênios e personagem. Beijos!
ExcluirNa certa que não foi o Nazareno... só me fez lembrar, amigo, eu disse.
ExcluirAbraços fraternos
Contos de mil e uma noites.
ResponderExcluirNo mínimo.
Abraço
Passou longe, amigo Pedro! Abraço.
ExcluirCaro amigo Adalberto,
ResponderExcluirSe os girassóis forem fracos, os teus poemas são sempre fortes. E é desta força que o poeta se alimenta para se libertar dos açoites da criação.
Sou fã das tuas rimas e da nossa amizade sincera.
Abraços apertados como no soneto, ou no retrato em branco e preto!!!
Beto!
ResponderExcluirAmo ler seus textos!
Mas esse vou reler para então comentar. Contudo hoje vim
para dizer que respondi a seu comentário
lá no Espelhando.
Eu volto, viu?
Bjins de boa nova semana.
CatiahoAlc.
A shared poem so ingrained in the adventures of the playful narratives that exist in each of us.
ResponderExcluir(ꈍᴗꈍ) Poetic and cinematographic greetings.
Peregrino contemplativo sabe ver tudo o que a natureza nos dá para maravilhamento do olhar nesse lugar onde as sombras roçam as esquinas do chão e há uma estanha ambiência onde a esperança acena.
ResponderExcluirBelíssimo poema.
Uma boa semana.
Um beijo.
Obrigado pelo belo comentário, Graça! Beijo.
ExcluirPRIMEIRA TESE:
ResponderExcluirUma cidade no território de Judá, a quarenta e oito quilômetros a sudoeste de Jerusalém e a dezesseis quilômetros a oeste de Hebrom.
A fronteira subia então do vale de Acor até Debir, e virava para o norte, na direção de Gilgal, que fica defronte da subida de Adumim, ao sul do ribeiro. Passava pelas águas de En-Semes, indo até En-Rogel. Josué 15:7
SEGUNDA TESE:
Uma cidade em Gileade, perto do Jordão.
Estendia-se desde Hesbom até Ramate-Mispá e Betonim, e desde Maanaim até o território de Debir. Josué 13:26
Essa cidade não ficava muito longe de Maanaim, e muitos estudiosos concluem que era a LODEBAR mencionada por Samuel, quando Davi fugia.
Em qualquer caso o poema é magnífico.
Boa semana.
Um abraço.
Obrigado pela interpretação , Jaime!
ExcluirEntão, desta vez inspiraste-te na Bíblia -- Antigo Testamento, no livro de 2 Samuel, capítulo 9, versículo 4.
ResponderExcluirGostei da interpretação e belíssima composição.
Agradeço a excelente leitura.
Dias mineiros frescos, viçosos e fecundos.
Abraço grande
~~~~~~
Majo Dutra, afiadíssima! Obrigado por tua presença minha querida amiga! Grande beijo!
ExcluirOlá, Beto. Acabei de responder seu comentário no post dos doramas e vim aqui conferir essa belezura de blog e de texto. Texto forte e agradável de ler. Bela inspiração!
ResponderExcluirÓtima semana e beijo, beijo.
Assim é a verdadeira poesia, amigo: tem um significado para cada um daqueles a leem, porque fala dos seus próprios sentimentos. Para mim, foi como um relato, a percorrer o meu mundo, com seus desertos e oásis; uma viagem de nostalgia e esperança! Meu abraço, boa semana.
ResponderExcluirFlávio, você foi certeiro no comentário. Obrigado!
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