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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Poema de lápide © Copyright




Escrevo no sol, com raios de lua.
Quero pagar minhas dívidas.
Quero cumprir minhas promessas.
Quero curar todas as minhas feridas…
Eu quero purificar minha alma e
Sentir o toque suave da brisa.
Eu quero um beijo molhado, com toda a doçura permitida.
 
Escrevo numa lápide feita de um
Coração de mármore frio…
Escrevo na lápide que eu mesmo fiz,
Para os versos de um coração diluído…
E estes são versos que transcendem
O que para mim foi escrito…
Escrevo, com um pincel feito dos gelos glaciais,
No sol das paixões, dos sentimentos lacrimais.
 
Escrevo no sol, versos de letras frias;
Estes, que congelam as lágrimas das romarias.
Escrevo no deserto das plantações de hipocrisia;
Estas, dos espinhos e das ervas daninhas.
Escrevo versos em ramos de primavera.
Escrevo nos gestos que transcrevem toda a minha longa e cansada espera.
 
Escrevo os versos em forma de flora,
Com odores cítricos e cores da aurora.
Escrevo nos gases brancos deste espaço, antes vazio.
Escrevo no ar todas as ternuras livres do cio.
Escrevo no sol de minha alma,
A singeleza fria do meu inverno.
Recolho a poesia das lindas folhas vermelhas deste meu outono eterno.
 


Betonicou©

Um comentário:

people of the world comment if to like… important for the development of this work…