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sexta-feira, 8 de julho de 2011

sonhos de um anjo delirante...© Copyright

Do alto da montanha contemplo o horizonte inalcançável
Pela distancia, com o olhar limitado do meu ser...
Do alto da montanha, vislumbro um por do sol
Ruborizado, escarlate, como que envergonhado pela
Beleza do luar, que mais uma vez, bate a porta de um sol
Apaixonado...
Um laranja, vermelho carmim, assim dado aos tons
Dos olhos humanos, em nuances vertigens de cada
Um...
                Do alto da montanha, visito mais perto o sol poente,  
Com seus ainda, luminosos raios ardentes... dourando
As paisagens no findar da tarde; Em dourada e colorada 
Matiz.
Do alto da montanha, no retirar ardente, revejo o luar
Em lua crescente; Em uma torrente de raios mornos, serenos...
Acariciando a vida, em banhos de luz mágica, prateada,
Embriagando-me no luar dos deslumbrados...
Ternos raios amorosos, como que abraçando, e acariciando
O amante noturno... Luar emoldurado por ébano, cravejado
 De brilhantes, e citilantes olhares incrustados no universo.
Do alto da montanha, um novo  conceito...                                                                                                                                                                        
Vejo o céu, enegrecido pela ausência
Da luz dourada, radiante, e um luar apaixonado,
Delirante. Que se derrama em chuva terna, enamorada
 Acariciando o coração de quem e’ amado, e alucinando
Os prazeres dos apaixonados... Um banho de ternos raios
Floris.
Do sublime, revejo o amanhecer frondoso do vale distante...
Revejo a paisagem ofuscante, do matinar celebrante...
Dando vazão a um plano audaz, louco delirante...
Pois do eminente, vi a dureza das pedras, e o caminhar das almas
Insensíveis!
Vi os sonhos... Desaparecendo ao longe, Perecíveis...
Alguns alcançados, e se despedem... Outros nunca alcançados,
E se diluem no horizonte... No alto sonhei ao luar,
Extasiei-me ao sol poente... E como um Ícaro moderno,
Em asas metálicas, descartando as ceras emplumadas,
O alçar do vôo das ideias mentalizadas... Pois do alto desatei
O desatino... Visualizei os destinos... vi toda a vida passar
Num clarão repentino! E pousei na firmeza da terra...
Voei o sonho dos Ícaros,pois o meu destino era voar,
Pousar, viver, e amar... Contrariando assim a fatalidade
De um anjo delirante...   
               By betonicou

6 comentários:

  1. Aqui me faz lembrar os "mitos" na formação do cosmos. Céu(masculino) casando com a Terra(feminino). Este poema se situa numa linha totalmente transcendental. Gostei muito das prosopopeias inseridas. Personificou muitos bem os elementos concretos que foram levados a uma abstração. Esse deve sempre ser o destino de cada ser: voar. Alçar todos os voos possíveis mesmo que há estorvos, barreiras, entraves temos que tentar a superação. Muito bem, rapaz! O lado filosófico prevaleceu e o melhor fica por conta das entrelinhas.

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  2. Voar é Sonhar...E Sonhar?
    Sonhar a ter o mundo ao seu alcance...é ter a liberdade de criar, de desejar, de ir além...
    Nós vivemos da razão...mas é nos sonhos que sobrevivemos...
    Beto...deixo aqui uma frase:
    “Tenho em mim todos os sonhos do mundo."
    Fernando Pessoa

    Te adoro, meu lindo!!!!!

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  3. asvezes me sinto tao preso e tenho muita vontade de criar asas e voar,poder alcansar voos altos sem ter medo de olhar do alto para o chao.Amigo te adoro.

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  4. Emocionei...Nada mais chato que alguém mapeado, retilíneo, constante, só bonzinho, só doce, sempre amável. Não é à toa que os mitos nascem da dualidade, da pouca incidência de clareza sobre sua personalidade. Eu quero desvendar o desconhecido. Eu quero ser um desconhecido... eu quero ser um Ícaro moderno

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  5. Wellington , crie suas asas , voe em teus sonhos amigo...

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  6. As vezes, somos lançados num espaço, entre o vazio e a realidade... Um ícaro moderno, tem que saber pousar, em terreno seguro... Obrigado pedro!

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