Em “Lo-Debar”, lugar
revestido da
densidade do musgo,
as sombras se encontram
nas
esquinas deste chão.
Os girassóis fracos se
inclinam e o
trigo balança,
ante o vento que se faz
mudo.
A semente não gera o pão.
Eu, um peregrino
contemplativo,
em busca de um convite
para a mesa,
num gesto afável,
benigno, cativo e
genuíno.
as margaridas florescem
solitárias
e murchas,
mas há campos de açucenas
que de
branco puro se vestem,
e aliviam em dias
regados a sopros
de núpcias.
simplicidade do meu
andar pensante.
Na minha Lo-Debar, onde
aprendo, a
passos tortos e turvos,
a arte desapegada de
poder sonhar,
sempre em frente,
resiliente
caminhante.
de reflexão profunda,
minha terra vibra,
feroz, mesmo se
calando e estando neste
tempo
infecunda.
quem me convidará à
mesa da
fraternidade, aqui, em
Lo-Debar?
Oh, em Lo-Debar! Minha
busca,
minha terna, eterna e
profunda canção.
mesmo sendo ela em meus
sonhares
uma felicidade cativa.
Uma verdade que, tanto
assim,
inspira e emotiva.
grito do céu,
e tão perto de uma via
sacra,
divina,
incrustada está minha
Lo-Debar!
Onde a esperança acena,
e na
calmaria da janela
aberta, toda se
inclina.
turbulentas, aquosas e rochosas,
mas leves, de tão
serenas, em
algodão de nuvens macias e
formosas.
minhas cenas,
na transformação das
notas alvas,
delicadas e melodiosas.
Nas vontades íntimas,
singelas e
plenas, cabíveis; não
caóticas.