Ser
poeta é viver entre contrastes.
Entre
o vento e a porta, a tampa
e a garrafa,
a água e a represa,
os versos e as palavras aos ventos.
Brinca-se
de esmurrar o vento e
navegar
nas nuvens. Ouço o canto
do curió e vejo o voo soberano do
condor.
Um
canta a vida, outro a morte.
Um voa
livre, outro à sorte. Um
tem a pluma, outro a pele. Um tem
a voz,
outro o silêncio.
Mas
ambos são asas do céu, que
enfeitam o mundo com suas cores,
que
ensinam o valor da
diversidade, que inspiram a arte
da
poesia.
E
quando se é sol e lua, dia e
noite, luz e sombra, amor e dor
no
coração.
Despede-se
do sol que se põe e
abraça a lua que se ergue. Sinto
o
calor do seu amor e o frio da
sua ausência.
Um
brilha a vida, outro a morte.
Um
ilumina o caminho, outro o
destino. Um tem o fogo, outro a
prata.
Um tem a voz, outro o eco.
Mas
ambos são astros do céu, que
regem o mundo com seus ciclos,
que mostram o sentido da saudade,
que
revelam a beleza da poesia do
infinito.
E
quando se é flor e espinho,
perfume e dor, beleza e ferida,
paixão e desilusão.
Agradece-se
à flor que se abre e
aceita-se o espinho que se crava.
Sinto o aroma do seu carinho e a
ponta
da sua partida.
Uma
exala a vida, outra a morte.
Uma
enfeita o jardim, outra o
corte.
Uma tem a pétala, outra a
agulha.
Uma tem o mel, outro o
fel.
Mas
ambas são dons da natureza,
que
encantam o mundo com suas
formas,
que ensinam o valor da
delicadeza,
que inspiram a arte
da
poesia das rosas.
Olá, amigo Beto!
ResponderExcluirFui lendo avidamente e tive uma grande surpresa poética ao final do seu belo poema com dualidades impressionantes que dá gosto de saborear cada contraste poetado.
As rosas... adorei como as posicionou.
Perfeita poética perfumada de valores.
Tenha uma nova semana abençoada!
Abraços fraternos de paz
Forte abraço para o poeta
ResponderExcluirGostei bastante da prosa poética. Parabéns!
ResponderExcluir.
Não me sinto perdida no tempo...
Beijos e uma excelente semana...
De facto a poesia, tal como a vida, encerram flor e espinho, vida e corte...
ResponderExcluirUma magnifica inspiração, que nos premeia com brilhantes analogias... e se haverá ano de contrastes... creio que 2024 será um deles! Mas tudo faz parte de ciclos que se repetem. Algo me diz, que aqui pela Europa, será um ano em que o circo irá pegar fogo... dado o contexto que todo o ano findo, ajudou a preparar... as guerras que espreitam portas meias com a Europa, não se resolveram, e todos os dias, há novos motivos, para se incendiarem ânimos a uma escala alargada... oxalá me engane... e que Nostradamus também tenha errado as contas, já agora... :-)) mas acho que nem com avisos vindos dos confins do tempo, a humanidade não se emenda, face a conflitos iniciados... e que duma forma ou de outra terminam sempre da mesma forma... alargados!
Esperemos o melhor de 2024... mas encará-lo-emos como um ano no mínimo, desafiante, pelo menos por estes lados, em contexto europeu!
Haja saúde, para nos reequilibrarmos nos embates... e voltarmos a surfar as contrariedades, em dias melhores...
Tudo de bom, para 2024!
Beijinhos
Ana
I wish you a year full of creativity, with more beautiful poems like this one.
ResponderExcluir░ٌٌٌH░ٌٌٌA░ٌٌٌP░ٌٌٌP░ٌٌٌY ░ٌٌ 2024░
(ꈍᴗꈍ) Poetic and cinematographic greetings.
O meu amigo poeta começou o ano com muita inspiração.
ResponderExcluirSou fã da tua arte de “afinar poemas”, meu nobre amigo Adalberto.
AVANTE! AVANTE! (2024) nos chama para novas aventuras.
Abraços alvinegros!!!
Ei Beto!
ResponderExcluirEu aprecio ler seus
lindos textos sejam
em formato de historias
ou de poesia.
Sempre me emociono
e me sinto em uma verdadeira
contação de história.
Bjins de ótima nova semana.
CatiahoAlc.
Em cada uma das suas palavras vi poesia. Quer venha por sinuosos trilhos, ou pelo riso das crianças, ou pelo cantar dos pássaros, ou pelo nome rasurado dos mortos, ou pelo transparente caminho do coração.
ResponderExcluirBelíssimo poema, meu Amigo.
Uma boa semana.
Um beijo.
Magnífico poema, com uma entrada muito boa.
ResponderExcluirGostei imenso.
Boa semana caro amigo Beto.
Um abraço.
Um poema magnífico.
ResponderExcluirPalavras que nos tocam.
Ser poeta é isso. Tocar a alma de quem lê.
As imagens são lindas.
Gostei muito,
Abraço e brisas doces **