Um
ponto negro, no espaço,
antes
vazio, vê-se, ali,
aguçando
um tanto.
O
branco, com um ponto no
centro,
um encanto!
Com
imponência, atirou-se
no
branco, o ponto preto.
No
espaço, dantes infinito,
branco.
Um
toque noturno de cor.
Na
folha de papel,
comum
ou machê, ali, um
ponto.
Procura
companheiras,
fragmentadas cores irmãs.
Apenas,
vê-se solitário,
um
ponto escuro nas manhãs.
No
alvo, fez-se destacado,
preto.
Algodão,
papel...
Está
lá, no centro, ou
qualquer
canto.
Uma
visão instigante
quando
se olha no branco:
vê-se,
o ponto, seduzindo;
Epicentro.
Um
reino, ali, todo soberano,
sem
ter ao redor outra cor.
Ponto
solitário, sem ter com
quem
dividir, reina todo.
O
ponto, na folha de papel
ou,
qualquer outro branco.
Um
ponto, escuro e
franco,
no
branco.
“Mesmo na
vastidão do espaço branco, um único ponto preto pode reinar soberano,
destacando-se em sua singularidade e provocando reflexões profundas. A solidão
não diminui sua importância, mas sim, acentua sua presença.”
Betonicou©
Obs: Escrevi esse texto há doze anos atrás. Disseram-me que não combinava com meu estilo. Repaginei e resolvi postar. Não sou fiel a estilos e regras. "Sou nato de coisas letradas e mancas."