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quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Preto no branco© Copyrigh



Um ponto negro, no espaço,
antes vazio, vê-se, ali,
aguçando um tanto.
O branco, com um ponto no
centro, um encanto!
Com imponência, atirou-se
no branco, o ponto preto.
No espaço, dantes infinito,
branco.
 
Um toque noturno de cor.
Na folha de papel,
comum ou machê, ali, um
ponto.
 
Procura companheiras,
 fragmentadas cores irmãs.
Apenas, vê-se solitário,
um ponto escuro nas manhãs.
No alvo, fez-se destacado,
preto.
 
Algodão, papel...
Está lá, no centro, ou
qualquer canto.
Uma visão instigante
quando se olha no branco:
vê-se, o ponto, seduzindo;
 Epicentro.
 
Um reino, ali, todo soberano,
sem ter ao redor outra cor.
Ponto solitário, sem ter com
quem dividir, reina todo.
O ponto, na folha de papel
ou, qualquer outro branco.
Um ponto, escuro e
 franco,
no
branco.



“Mesmo na vastidão do espaço branco, um único ponto preto pode reinar soberano, destacando-se em sua singularidade e provocando reflexões profundas. A solidão não diminui sua importância, mas sim, acentua sua presença.”

Betonicou©


Obs: Escrevi esse texto há doze anos atrás. Disseram-me que não combinava com meu estilo. Repaginei e resolvi postar.  Não sou fiel a estilos e regras. "Sou nato de coisas  letradas e mancas."