Um
ponto negro, no espaço,
antes
vazio, vê-se, ali,
aguçando
um tanto.
O
branco, com um ponto no
centro,
um encanto!
Com
imponência, atirou-se
no
branco, o ponto preto.
No
espaço, dantes infinito,
branco.
Um
toque noturno de cor.
Na
folha de papel,
comum
ou machê, ali, um
ponto.
Procura
companheiras,
fragmentadas cores irmãs.
Apenas,
vê-se solitário,
um
ponto escuro nas manhãs.
No
alvo, fez-se destacado,
preto.
Algodão,
papel...
Está
lá, no centro, ou
qualquer
canto.
Uma
visão instigante
quando
se olha no branco:
vê-se,
o ponto, seduzindo;
Epicentro.
Um
reino, ali, todo soberano,
sem
ter ao redor outra cor.
Ponto
solitário, sem ter com
quem
dividir, reina todo.
O
ponto, na folha de papel
ou,
qualquer outro branco.
Um
ponto, escuro e
franco,
no
branco.
“Mesmo na
vastidão do espaço branco, um único ponto preto pode reinar soberano,
destacando-se em sua singularidade e provocando reflexões profundas. A solidão
não diminui sua importância, mas sim, acentua sua presença.”
Betonicou©
Obs: Escrevi esse texto há doze anos atrás. Disseram-me que não combinava com meu estilo. Repaginei e resolvi postar. Não sou fiel a estilos e regras. "Sou nato de coisas letradas e mancas."
Boa tarde de paz, amigo Beto!
ResponderExcluirNão ser fiel às regras e estilos não significa que não seja um bom escritor ou poeta. Sei que sabe bem o que quero dizer.
Há mesmo pessoas que usam viseiras e pensam que, para se escrever bem, tem que ser todo mundo do mesmo jeito ou do modo delas, senão, fica imperfeito (rs...)
Já vi pessoas que fazem diferenciação de blogueiros que escrevem e literatos de Academias.
Enfim, vamos ao seu texto que é o que conta aqui também.
Realmente bem diferente do seu estilo e muito reflexivo de outra maneira, mas a imagem o lê também perfeitamente, coisas que poetas sabem fazer muito bem.
Aplausos pelo epicentro poético bem franco, por sinal.
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos
Parabéns, Betonicou! Gostei muito!
ResponderExcluirPois olhe que eu gostei.
ResponderExcluirPonto por ponto.
Caro Beto, alvinegro de rimas e esquinas.
ResponderExcluirSomos todos pontos nesta vida. Uns não estão prontos... São pontos de interrogação; outros são pontos de exclamação, se nutrindo (sem prévia autorização), dos seios fartos da mãe natureza. O ponto que finda, é o ponto final e este não nos dá nenhum outro ponto de vista.
Um abraço alvinegro meu caríssimo amigo!!!
Um ponto afirmativo... que acho que terá encontrado outros, posteriormente... mudando para reticências... o que implica continuidade... e foi no que você, Beto, investiu... continuidade... e numa indisfarçável qualidade...
ResponderExcluirPelo que agora pode admirar o tal ponto, e pensar no que ele progrediu... até aqui chegar... com pleno direito de voltar a ser um epicentro poético!
Às vezes um estilo... é apenas um espartilho... melhor não tê-lo e poder poetizar sobre o mundo, com a liberdade de todas as formas...
Beijinhos! Feliz semana!
Ana
E fizeste muito bem, Beto! Cada um tem a sua maneira própria de ser, de viver e também de escrever; somos individuos e portando diferentes, na sua individualidade. E o que será a vida? Não será ela uma tela branca onde, desde que nascemos, vamos imprimindo a nossa marca? E a cada instante que passa, a cada passo que damos algo nessa tela fica, sejam simples rabiscos, desenhos a lápis, pinturas a óleo, a acrilico, coloridos, de uma única cor ou simplesmente pontos, brancos, pretos , amarelos ou de qualquer outro tom que mais nos agrade ou que a vida nos imponha; é que nem sempre somos nós que fazemos a escolha, Amigo...muitas vezes é a vida que nos leva para outros interesses, outros caminhos , sempre para a frente até que decida que está na hora de colocar na tela da nossa vida o PONTO FINAL . Não sei se é ou não o teu estilo, Beto, mas sei que gostei muito deste teu " Preto no Branco. Beijinhos, Amigo e fica bem, com saúde e com poucos pontos pretos na tua vida. Os brancos iluminam mais os nossos dias
ResponderExcluirEmilia
Beto,
ResponderExcluirNo meu modo de ver
não existe essa coisas de
combinar.
Escrever é uma forma de conversar
com as palavras: quem escreve
e elas no papel ou onde seja visível e dizivel.
Quando comecei a escrever publicamente sofri
muito com o que me diziam, então em paz escolhi uma pessoa para ouvir ou perguntar.
E as demais podem dizer o que quiserem, é direito, contudo
eu escuto, mas não ouço.
Lindo texto!
Sabe que aprecio
sua escrita.
Bjins
CatiahoAlc.