Eu
quero, pátria azul, da cor do céu.
Eu
quero, chuva, pingando mel.
Eu
quero amada, essa pátria, minha
terra,
sabor, às vezes, de fel.
Eu
quero amor de véu de noiva,
casamento
em terra estimada.
Não
quero o que não sou, pois
sou
eu: alma alada, a voar imaginada.
Eu
quero terra gentil, de coração
materno,
enraizado.
Quero
pátria de rios e lagos
transbordantes.
Não
quero as cheias de lágrimas
em
um rio de rosto derrotado.
Não
desejo: os desejos simples
e
meigos, a irem a qualquer leito
alagado.
Desejo,
os baluartes pátrios,
dançantes,
alegres aos ventos.
Desejo,
os anjos cantantes, nos
corais
sacros, tonantes vozes de
sacramentos.
Desejo,
a lágrima diluída, em orvalho
serenado,
amanhecido, de uma
manhã
singela, pois é lágrima de
flor
desabrochada, rumo ao céu
do
Deus Enaltecido.
Eu
quero passarinhos cantantes.
Sabiás,
canarinhos, pássaros pretos,
num
só ninho:
um
só ser, concordantes,
não
um ser envaidecido.
Eu
creio no querer pátria gentil,
pois
é disso, que se trata, a terra amada:
antes
amável, que poderes arrogantes.
Desejo,
a bandeira estiada, feita
flor
delicada de riachos.
Lírios,
orquídeas, a abraçar, em amor.
Não
leito impudico de amantes.
Desejo
o céu nessa terra.
Desejo
à terra: as mãos do céu,
a
descerem abençoadas.
Desejo,
os rostos pintados.
A
original aquarela, a guiar-nos,
em
trilhas verdejantes,
sem
misérias gotejantes,
sob
vertentes, a irrigar
vontades
afortunadas.
Ah,
desejo, Brasil,
de
céu de anil!
Betonicou©
Ilustrações: Riccardo Guasco
Meu nobre amigo Adalberto,
ResponderExcluirQue tua “Pátria Azul, da cor do céu”, faça este teu retorno ao partilhar tuas belas palavras conosco (os teus amigos que realmente gostam de ti), ainda mais felizes.
Mas, que esta felicidade de tuas “curvas, retas e esquinas”, apareça até mesmo para aqueles que fazem de conta, pois, as palavras do escritor depois de editadas, não escolhem leitores, assim como “não desejamos os desejos simples e meigos, a irem a qualquer leito”... Mas, como saber da “lealdade despatriada?” (principalmente nesta blogosfera de tantas “almas penadas e nada aladas”), pois iguais ao “anjo caído - Lúcifer - o que brilha”, esta gente que aparece sem nada ler, por fim, só quer se promover diante da luz dos outros.
Abraços alvinegros, bom retorno e boa semana!!!
Recuperem a Pátria.
ResponderExcluirCorram o imbecil de uma vez por todas.
Abraço, boa semana
Intensos teus quereres e não quereres. Gostei muito e as ilustrações lindas igualmente! Bom te ver,fazia tempão! abração,chica
ResponderExcluirUm querer assim tem que ter associado um grande amor pelo chão que nos coube...
ResponderExcluirUm poema muito belo!
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Quem assim escreve, ama de alma e coração. Gostei muito de ler
ResponderExcluir.
Cumprimentos … uma semana Feliz.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Beto, quantos aspectos abordou em seu poema! O brilho dos versos tem também inconformismo com o que se vê e que se vive, e desejos que todos compartilhamos. Ilustrações apropriadas e belas. Abraço.
ResponderExcluirQuerido Amigo.
ResponderExcluirQue bom foi saber que o Covid 19, ou algo também funesto, não te levou desta para melhor! Foi grande a ausência, Beto!
Voltaste em força!
Como um hino sentido e vibrante, o teu poema manifesta todo o teu amor e admiração pelo teu país, esse vasto e lindo Brasil... E as montanhas matas e cachoeiras de Minas são admiráveis!
Foi delicioso voltar a te ler e gostaria muito que voltasses ao nosso convívio.
Dias agradáveis e felizes.
Abraço grande, meu Amigo.
~~~
Boa tardinha de toda paz, amigo Beto!
ResponderExcluir"Desejo o céu nessa terra."
Bons e salutares desejos movem o mundo de boas energias e o coração do que deseja um mundo de paz como você e os que somos do bem.
Poesia muito linda e profunda.
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos
Voltaste mais inspirado, amigo!!!
ResponderExcluirDelícia esses teus quereres, eu também gostaria, e nada mais! Chega de pandemia, de guerras, desse mundo saturado de desumanidade, de egoísmo, de ódio. A vida na sua grandeza, basta!
Beijo, Beto, bem-vindo!!!
E que tal querer, venha a ser uma realidade! E sê-lo-á... quando todos quiserem o mesmo e todo o mundo se empenhar efectivamente em tal... com o mesmo entusiasmo com que o povo enche sambódromos e campos de futebol! Se o povo se mobiliza para tais actividades... tem todas as condições para se mobilizar para uma causa tão maior... que define mudanças e linhas de actuação para o seu presente e futuro, numa vertente bem mais positiva, saudável, e construtiva!
ResponderExcluirEntretanto... esperemos que esta fase de imitação à La Trump, passe... com a respectiva versão de assalto ao Capitólio, em fim de mandato, mas infelizmente tal não me surpreenderia... as patetices, tendem a ser repetidas... ou não estivesse o mundo com uma pandemia mal resolvida entre mãos, e a caminhar entusiasticamente para um conflito alargado, tal como há 100 anos atrás... também precisamente nos loucos anos 20 de então...
Este mundo, não anda fácil, para quem conserva sua inteligência emocional, e a sua sensibilidade intacta, das loucuras que vai vendo ocorrer, em volta, sem lógica nem sentido... e em modo repetido...
Adorei o seu entusiástico poema, Beto... e espero que um dia, o Brasil ganhe asas, para conseguir atingir outro patamar! Educação, artes e cultura... são o caminho ... e talvez por isso... todos os pequenos ditadorzinhos as receiem... pois deixam as pessoas a conseguir pensar por si mesmas...
Bom tê-lo de volta, Beto, e estimando que se encontre bem, após tão prolongado interregno!
Um beijinho! Feliz semana e votos de um inspirador mês de Junho!
Ana
Sempre e sempre sensacional
ResponderExcluirO teu grito de revolta mostrado em tão sentido poema é também o meu, não só porque amo o Brasil como se minha Pátria fosse mas também porque, por todo o lado, os passarinhos voam assustados,, sem saberem onde, tranquilamente, podem fazer os seus ninhos e alimentar as suas crias.; a " terra não está gentil " nem aí nem em parte alguma, Beto; os rios já não transbordam pois o lodaçal é tanto que eles mal conseguem forças para correr no leito antes
ResponderExcluir" pudico " na sua transparência permitindo que o céu ali pusesse um pouco do seu azul celeste. Hoje tudo está negro, pelas desgraças naturais, pela acção irresponsável do ser humano, pelas guerras, pela violência nas ruas, pela fome em tantas partes do mundo, incluindo, claro, por aqui na minha terra e por aí no nosso querido Brasil. Demoraste muito, Beto, mas vieste com um tema pertinente que abala toda a gente, pois a miseria humana não tem Pátria definida;: ela é global assim como global é também o anseio por um mundo mais humano, mais fraterno, mais justo. Creio mesmo, Beto que o mundo quer tudo isso, mas a ganância de meia dúzia impede que " as mãos do céu desçam abençoadas sobre a terra " Obrigada, Amigo, pelo grande amor aqui mostrado pela nossa patria amada, Brasil. Beijinhos e saúde para todos 🇧🇷 🕊 🙏
Emilia
Voltei a ler o teu belíssimo poema... Enche o peito de paz e alegria...
ResponderExcluirEspero-te para colaborares na homenagem ao meu país, minha pátria -- PORTUGAL...
Não me digas que vais desaparecer outra vez!!
Um domingo bom e confortável.
O meu abraço.
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Olá, conheci teu blog agora, e achei lindo, original e de excelente conteúdo. Foi bem reconfortante ler essa magnífica poesia, mostras tantos desejos compartilhados por tantos de nós e que tu conseguiste traduzir tão bem nos teus https://botecodasletras2.blogspot.com/versos. Parabéns, grande abraço! ;)
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