Meu
refúgio, meu subúrbio,
dimensão, onde sei existir.
Eu
existo onde inexisto.
Espaço
vazio é meu cabaré.
Sou
circo de cenas
num
palco de rir do mundo.
sou
gritante de tão calado,
sou
um raso rio profundo.
Sou
longe de tão perto,
sou
poça de submergir.
Sou
a pele que se mostra,
sou
interior de emergir.
Às
vezes, sou homem trancado,
na
exclusividade do meu mundo.
O
que prendo deixo solto.
O que me vale, o que não calo:
deixo
claro, grito mudo.
Céu
e precipício são sentidos.
O
que me socorre e me arrasta
tem
o próprio tempo.
Meu
espirito, nas águas mornas,
de
conforto se entorna.
Deixo
claro, que essa vida,
é
meu próprio templo.
By betonicou
Arte : Justyna Kopania