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domingo, 1 de outubro de 2017

Insensata inocência © Copyright


Ontem foi um sopro de vento que trouxe tudo num momento:
Guerras e loucuras, juventude em movimento.
Ontem plantou a solidão que o homem colhe da inocência.
Ontem gerou lembranças e esperanças na inconsequência.
 
De todo o mistério, o ontem fez o seu templo sagrado.
Fez das risadas e gestos alegres as realidades que contemplo.
Fez das vozes soltas e sinceras o ar sereno dos argumentos,
E o sol apontava para o horizonte, onde o ontem se escondia, além do tempo.
 
Ontem criou recordações nuas, para cobrir qualquer ausência.
Ontem era mistério que se revelou na impaciência,
E a simplicidade daquele vento que levantou as vestes, era o toque da minha mão.
Ontem era todo corpo vestido da frágil e evolutiva juventude.
Ontem era o insensato, no futuro, consciente da amplitude.
Ontem era as palavras tolas ou as emoções inocentes, que todas as crianças são.
Ontem se encheu de saudades. Era chuva na terra e seus aromas.
Ontem era as águas e os temporais das cenas passageiras de ciúmes.
As gargalhadas soltas e movidas pela inocência, era o ontem silenciando a voz dos meus queixumes.



Betonicou©