Ontem foi um sopro de
vento que trouxe tudo num momento:
Guerras e loucuras,
juventude em movimento.
Ontem plantou a solidão
que o homem colhe da inocência.
Ontem gerou lembranças
e esperanças na inconsequência.
De todo o mistério, o
ontem fez o seu templo sagrado.
Fez das risadas e
gestos alegres as realidades que contemplo.
Fez das vozes soltas e
sinceras o ar sereno dos argumentos,
E o sol apontava para o
horizonte, onde o ontem se escondia, além do tempo.
Ontem criou recordações
nuas, para cobrir qualquer ausência.
Ontem era mistério que
se revelou na impaciência,
E a simplicidade
daquele vento que levantou as vestes, era o toque da minha mão.
Ontem era todo corpo
vestido da frágil e evolutiva juventude.
Ontem era o insensato,
no futuro, consciente da amplitude.
Ontem era as palavras
tolas ou as emoções inocentes, que todas as crianças são.
Ontem se encheu de
saudades. Era chuva na terra e seus aromas.
Ontem era as águas e os
temporais das cenas passageiras de ciúmes.
As gargalhadas soltas e
movidas pela inocência, era o ontem silenciando a voz dos meus queixumes.
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