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domingo, 15 de novembro de 2015

Nau do embriagado © Copyright

Quero navegar por este corpo, feito uma nau embriagada, e quero equilibrar-me por essas ondas, feito causa quase naufragada. Quero Levantar minhas velas, para ver se navego mais perto. Quero pegar um Vento forte, até chegar às tuas praias de surpresa; todo descoberto. Quero Ver a tua roupa no varal, toda pendurada; quero te ver miragem. E ao Ver-te toda nua, feita de ondas embriagantes, quero criar coragem. Agora Bateu forte o desespero, nesta vontade de total destempero. E cá estou, nessa minha nau quase naufragada, neste teu tolo exagero. Quero mesmo É aportar de novo, fazer um chamego doce, com toda a minha malandragem. Quero beijar a tua boca, sem o ácido dos beijos loucos; que é para fazer triagem. Quero o veneno dos teus cabelos, que entorpecem os meus sentidos, de desespero. Quero dançar a dança deste teu corpo, ter passos embriagados de tantos exageros. Quero não me lembrar das causas recentes, de tudo que falamos, ou o que a gente viu. Ou dos rumores descrentes. E quando a gente percebe alguém já partiu. Partiu para um mar dessa vida, sem volta, ou destino de onde parar. O que eu quero mesmo, é brincar de esconde-esconde, mas sempre deixando-te me encontrar. E a Gente vai navegando nas ondas mansas, ou de tão apavoradas, que nunca a gente viu! Mas partimos com o barco todo cheio de tudo, que a gente fez, e sentiu. E esse mar que me abraça. Fazendo não querer mais aportar. Mas eu quero Mesmo, é a vida da terra. Quero a tua praia mansa. Para de tudo enfim poder descansar, e brincar…


Betonicou©

Um comentário:

  1. Brincando de esconde esconde e deixando você me encontrar.
    Belíssimo poema como poucos que vejo querido amigo! Como escreves bem e ainda mais com toda essa sensualidade! Uauuu! Me embriaguei!
    Beijo enorme nesse lindo coração.

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