Tão frio aqui!
O inverno mais gelado,
toda a
pele endurecida;
Tudo pede mais cuidado.
A lua e o
sol são sempre um encontro
desmarcado.
Simplesmente frio,
mesmo que o calor aconteça.
Quando se planta,
talvez nem tudo floresça.
Quando o tempo
desfalece. Quanto de
bom, quanto
de ruim, ou neutralidade, que
ao seu tempo envelhece.
Eu
voltava dos meus
caminhos
trazendo
um cheiro; trazia um
jeito que
envaidece. Voltava de todos os
risos e gemidos. Mas
sempre
trazia comigo uma prece. Tão frio
aqui! Onde o sol
esconde-se, e as
nuvens se apertam no vazio,
de um ar tão deserto.
As minhas
preces cavam o meu espaço.
Mas meu falar ainda
está incerto.
E eu ainda trouxe esse
ar que
traguei do vazio, e
junto à minha
pele, as gotas de suor, e as gotas
de um rio. Eu voltava
dos meus
horizontes, onde bifurcava todos
os meus mundos. Porém,
ainda aqui
está tão frio.
Tão quente pode estar,
onde a alma toca, e faz
nascer
uma só
sintonia. Quando as
mãos apertam-
se, e os corações
puderem
pulsar numa só e leve
sinfonia. E
pode ser assim! Quando os olhos
encontram-se, e as
estrelas sobem
até o céu de alguém. E pode até
ser assim! Onde o mar
encontra
seus rios, e as almas
encontram
seus
entes também. Tudo pode
ser,
quando o sol e seus raios
dourados de poesia
despontam. Sim! Tudo
pode
acontecer quando no
horizonte,
todas
as poesias apontam.
Tudo pode
acontecer, quando a lua entra em
seu
lugar, e a escura noite
se
enriquece. Tudo pode
ser, a todo instante,
quando tudo de nossa
alma sai, e
enobrece. Então nada pode ficar de
mal sobre tudo. Nem
sempre somos
surdos ou mudos. Nada
pode ficar
eternamente, tão frio assim.
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sexta-feira, 19 de junho de 2015
Inverno © Copyright
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