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sexta-feira, 19 de junho de 2015

Inverno © Copyright

Tão frio aqui!
O inverno mais gelado, toda a
 pele endurecida;
Tudo pede mais cuidado. A lua e o
 sol são sempre um encontro
desmarcado. Simplesmente frio,
 mesmo que o calor aconteça.
Quando se planta, talvez nem tudo floresça.
Quando o tempo
desfalece. Quanto de bom, quanto
 de ruim, ou neutralidade, que
ao seu tempo envelhece. Eu
voltava dos meus caminhos
trazendo
um cheiro; trazia um jeito que
 envaidece. Voltava de todos os
risos e gemidos. Mas sempre
 trazia comigo uma prece. Tão frio
aqui! Onde o sol esconde-se, e as
 nuvens se apertam no vazio,
de um ar tão deserto. As minhas
 preces cavam o meu espaço.
Mas meu falar ainda está incerto.
E eu ainda trouxe esse ar que
traguei do vazio, e junto à minha
 pele, as gotas de suor, e as gotas
de um rio. Eu voltava dos meus
 horizontes, onde bifurcava todos
os meus mundos. Porém, ainda aqui
está tão frio.
 
Tão quente pode estar,
onde a alma toca, e faz nascer
 uma só
sintonia. Quando as mãos apertam-
se, e os corações puderem
pulsar numa só e leve sinfonia. E
 pode ser assim! Quando os olhos
encontram-se, e as estrelas sobem
 até o céu de alguém. E pode até
ser assim! Onde o mar encontra
seus rios, e as almas encontram
seus
entes também. Tudo pode ser,
 quando o sol e seus raios
 dourados de poesia
despontam. Sim! Tudo pode
acontecer quando no horizonte,
todas
as poesias apontam. Tudo pode
 acontecer, quando a lua entra em
 seu
lugar, e a escura noite se
enriquece. Tudo pode ser, a todo instante,
quando tudo de nossa alma sai, e
 enobrece. Então nada pode ficar de
mal sobre tudo. Nem sempre somos
surdos ou mudos. Nada pode ficar
 eternamente, tão frio assim.

 .


By betonicou


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