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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Ensaio .© Copyright




Cada palavra pode se tornar um choro, um riso, um verso Feliz ou uma blasfêmia contra aquilo que sentimos. Às vezes, o amor pode ser como se atirar no vazio, Feito um Quasímodo, que ama às escondidas.

Cada passo pode ser uma escolha, entre ser ou não ser, Entre sentir, ou carregar o peso dos desejos. A cada momento podemos nos ver nas mãos das carícias falsas, podemos ter um sorriso alegre, mas, no fundo, descontente.

Podemos ter amores inconsequentes, podemos ter um coração vazio que se deixa encher de paixão, podemos ter momentos de desilusão. E sabemos que não há ar onde existe o vácuo E ficar sem ar no vácuo da decepção. De veneno nada dei, nada ofereci.

Sinto que meu reflexo reflete A imagem errada, num espelho distorcido por uma carente imprudência. Às vezes, nos sentimos assim, sem teto. Mas, por outro lado, seria bom não esperarmos nada. Com apenas um cão como companhia, e um travesseiro velho.

Um dia sair de debaixo da marquise para ganharmos o mundo. Às vezes, nos refugiamos num mundo onde a realidade é um sonho. E o sonho vaga pelos caminhos impossíveis. E nos refugiamos nas ilustrações da vida onde as imagens são forjadas pelos desejos. E acordamos nas ruínas de um pesadelo. E o pesadelo termina num sonho de realidade. E a realidade é um sonho, o de almejar a felicidade.

Temos um céu para voar, mas alçamos voo em asas de cera. O que precisamos mesmo é um teto de marquise para nos esconder da chuva e assobiar uma canção. Dormir, e um cão como ouvinte, para ouvir os aplausos do teatro de nossas vidas.

 

 
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By betonicou

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