Passeio por entre os escombros e as ruínas, estão por toda parte.
Presencio as realidades confundidas... Ensaio meus passos, em
eternas pontes construídas...
Arco Iris sem cor, cristais opacos... Uma ponte sobre o abismo de
cacos... Um barco, um barqueiro, um preço, uma partida,
um navegar, uma aflição incontida...
Os ventos ausentes, a força dos braços descrentes. Uma visão,
uma chegada, uma dor... Terei que navegar cego, pelo rio sem cor...
Viajo pelas águas das dimensões e lá , não encontro lugar nas
margens das ilusões...
O barqueiro confuso, por eu ali estar. Onde o meu astral, não
deveria ali se encontrar. Sua moeda, antes recebida queima lhe
As mãos...
Devolver e Voltar! Essa, agora é sua única razão... Tornar ao porto da
solidão e retornar onde se fez a partida... Ao cais, onde cada alma
faz sua despedida...
Por entre os montes, no rio da morte... Navega Caronte entregue,
a sua eterna sorte... Agora confuso por um revés deverá desfazer ,
da singular alma solitária e deslocada em seu convés...
De volta à margem da partida e devolver a troca que lhe foi oferecida.
Uma moeda devolvida , outra recebida e um novo passageiro, pronto
para Partida...
Um aceno ao longe! No rio dos delírios navega o barqueiro, rumo
aos Elísios campos de lírios...
Caminho, sobre a ponte de cristais translúcidos e reluzentes,
de volta ao mundo dos vivos sensatos e dementes...
Acordando, do pesadelo torpe dos devaneios humanos...
E a certeza, de que não há lugar no cosmo, para tolos,
E terríveis enganos... Bybetonicou
Me leva da próxima vez???
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