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sábado, 24 de dezembro de 2011

Eu e Caronte...© Copyright

Passeio por entre os escombros e  as ruínas, estão por toda parte.
Presencio as realidades confundidas... Ensaio meus passos, em
eternas pontes construídas...
Arco Iris sem cor, cristais opacos... Uma ponte sobre o abismo de
cacos... Um barco, um barqueiro, um preço, uma partida, 
um navegar, uma aflição incontida...
Os ventos ausentes, a força dos braços descrentes. Uma visão,
uma chegada, uma dor... Terei que navegar cego, pelo rio sem cor...
Viajo pelas águas das dimensões e  lá , não encontro lugar nas
margens das ilusões...
O barqueiro confuso, por eu ali estar. Onde o meu astral, não
deveria  ali se encontrar. Sua moeda, antes recebida queima lhe
As mãos...
Devolver e  Voltar! Essa, agora é sua única razão... Tornar ao porto da
solidão e retornar onde se fez a partida... Ao cais, onde cada alma
faz sua despedida...
Por entre os montes, no rio da morte... Navega Caronte entregue, 
a sua eterna sorte... Agora confuso por um revés deverá desfazer , 
da singular alma solitária e deslocada em seu convés...
De volta à margem da partida e  devolver a troca que lhe foi oferecida.
Uma moeda devolvida , outra recebida e  um novo passageiro, pronto
para Partida...
Um aceno ao longe!  No rio dos delírios navega o barqueiro,  rumo
aos Elísios campos de lírios...
Caminho, sobre a ponte de cristais translúcidos e reluzentes, 
de volta ao mundo  dos vivos sensatos e dementes...
Acordando,  do pesadelo torpe dos devaneios humanos...
E a certeza, de que não há lugar no cosmo, para tolos,
 E terríveis enganos...          Bybetonicou

Um comentário:

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