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domingo, 2 de março de 2025

Ressonâncias de Vento e Terra©Copyright







Ressoam ao longe o som dos clarins.
O marfim, filho do dia, no sol desta terra, 
céu do ouro de Ofir.
 
E rega-se a semente 
para o plantio do que satisfaz. 
A boca engole, 
o estômago flui em correntes; 
amargo é o fruto do chão, 
da semente que volta, 
da brisa ao furacão.
Nada em vão!
 
Navegar neste ar, 
sem asas do que apraz; 
não, não a essa terra, 
meu eu reclama e clama, 
não ao momento, 
jamais, jamais!
 
O vento sussurra 
em vozes inaudíveis. 
Vozes que contam 
coisas prazíveis.
 
A tristeza intrusa, 
a morte que visita a vida, 
angústias infernais, tão profundas, 
que mar nenhum lhes cabe 
em águas fugidias.
 
Em maremotos, 
nas terras ceifadas de suas videiras; 
o murchar, sem as lágrimas, 
perpétuas, hipócritas, carpideiras!
 
Há de se querer 
o som da semente, 
ao romper na terra, 
dos clarins videntes, 
das chuvas, das emoções 
da paz que se inflama, 
cruel, mas contente!
 
“Ventus metit, cosmos reviviscit!”


@Betonicou©

“Ah, minha terra, minha célula Brasis, no mundo não há tão grande ‘mortis’ "!

Arte-Ewa hauton