Entre os bichos e a
paz, somando, igual ao
Transcendental,
vejo-me errante na
realidade da ficção,
matéria do
imaterial,
pois o ar me absorve
em ventos que sopram
asas, caudas de
cometas cruzando
vias das galáxias.
É assim que a mente
do poeta vagueia,
despreocupada,
numa aventura que a
poesia comenta.
Essencial,
sinto-me vivo na
beleza da natureza,
harmonia do natural.
Pois a terra me
acolhe em raízes que brotam,
como versos,
em frutos de
esperança que alimentam sonhos
e nutrem a
realidade.
É assim que o
coração do amante palpita,
apaixonado,
mergulhado
numa ternura que a
vida celebra.
Existencial,
vejo-me sozinho, na
solidão da cidade,
angústia do
artificial.
O concreto me
oprime, em muros que separam
como facas,
em ruídos de
violência que perturbam
almas amordaçadas.
É assim que o olhar
do homem se perde,
desolado, imerso na
tristeza que a morte
lamenta.
Universal,
sinto-me livre na
magia da arte, soltura
da expressão do
original,
pois a tinta me
colore em traços que pintam
ideias,
em formas de
liberdade que inspiram
utopias.
É assim que a mão do
artista cria, inspirada,
numa beleza que a
eternidade admira.