De
tanto a flora salpicar primaveras,
de brotos na terra, no ventre do meu jardim,
brotou no peito, da única voz, da seiva
à semente adulta,
nascida do não, do chão, do início e do fim.
Tecida
de vento, esses mesmos que passeiam
roçando as rochas escuras. Nascida do
peito, de uma vontade singela. Eia!
Na garupa da sorte, a esperança é quem
mais se fecunda.
A
flora de alguém; quem
não sonha demais? A seiva de alguém; quem nunca sonhou, a
árvore que toca e
alimenta de céus?! De tanto que arde no peito, a fé é que
Sorri, no que a gente procura.
Terra
flores que a gente procura. A flor da fé, a gota da chuva que irriga
mares e dobra o tempo. O precipício das folhas outonais, o momento do
cair que fecunda.
Da gravidez da terra, dos restos, para o nascer de versos das luzes noturnas.