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domingo, 29 de dezembro de 2024

Essência©Copyright

 


De
tanto a flora salpicar primaveras,
de brotos na terra, no ventre do meu jardim,
brotou no peito, da única voz, da seiva
à semente adulta,
nascida do não, do chão, do início e do fim.


Tecida
 de vento, esses mesmos que passeiam
 roçando as rochas escuras. Nascida do
peito, de uma vontade singela. Eia!
Na garupa da sorte, a esperança é quem
mais se fecunda.


A
 flora de alguém; quem
não sonha demais? A seiva de alguém; quem nunca sonhou, a
árvore que toca e
alimenta de céus?! De tanto que arde no peito, a fé é que
Sorri, no que a gente procura.


 Terra
 que geme, o morrer, o morrer de medo, sob as
 flores que a gente procura. A flor da fé, a gota da chuva que irriga mares e dobra o tempo. O precipício das folhas outonais, o momento do cair que fecunda.
Da gravidez da terra, dos restos, para o nascer de versos das luzes noturnas.
 
   

Betonicou©

Arte: Monassi
 
Cheguei a tempo para o último texto do ano! Feliz 2025, com muita poesia e seus afins!