Teimo em escrever, não importando
Quem leia.
Sou voz que grita no silêncio,
Sou silêncio refletido na voz do esquecido.
Como cera derretida em ferro em brasa.
Gosto de escrever a suavidade da brisa,
No toque do rosto, na pele e pétalas delicadas.
De minhas peças musicadas,
Do vinho de um ébrio a levantar emoções
Estagnadas.
Numa lembrança elegante, estilosa.
Escrever como carvão no branco,
Feito uma prece de coisas ressentidas, desgostosas.
Minhas imaginações certeiras e as equivocadas.
Gosto da terra, onde pouso
Meu cair de asas desconcertadas.