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segunda-feira, 20 de maio de 2024

Entre o Gosto e o Poema© Copyright

 




 
Teimo em escrever, não importando 
    Quem leia.
 Sou voz que grita no silêncio,
    Sou silêncio refletido na voz do esquecido.
 
Gosto de esparramar versos quentes,
    Como cera derretida em ferro em brasa.
Gosto de escrever a suavidade da brisa,
    No toque do rosto, na pele e pétalas delicadas.
 
Só gosto do vinagre a limpar ferrugens
    De minhas peças musicadas,
Do vinho de um ébrio a levantar emoções
    Estagnadas.
 
Gosto de escrever à pena,
    Numa lembrança elegante, estilosa.
Escrever como carvão no branco,
    Feito uma prece de coisas ressentidas, desgostosas.
 
Gosto do céu que ilumina
    Minhas imaginações certeiras e as equivocadas.
Gosto da terra, onde pouso
    Meu cair de asas desconcertadas.
 
Gosto de diluir-me ao vento.


Betonicou©

Responderei caso for preciso. Gratidão por apreciar meu trabalho.