Anseio por pés de
vento,
Correndo livres na
trilha
ancestral,
Onde reina a paz
primordial.
Anseio em ser flor de
orquídea,
Renascida do lodo em
altivo esplendor,
Na pele vegetal
Enrugada, pura e com
fulgor.
Anseio por ser pedra
preciosa,
Cintilando no seio da
terra escura.
Refletindo a luz da lua
pura,
Ser Abá, ser Naurú,
adorno da Kuña
formosa.
Anseio por ser fogo
sagrado,
imaculado,
Aquecendo o corpo e o
espírito do
povo sofrido,
Iluminando o caminho do
perdido,
Consumindo o mal com
meu destino
incandescente, ser
esquecido.
Anseio por ser tudo e
ser nada,
Transcendente da forma
e da matéria
finita.
Ser espírito livre na
fronteira,
Ser amor em cada passo
da infinita
jornada.
Anseio por asas de luz,
Voando alto em céu sem
limites, sem
véu,
Rumo à liberdade
infinita.
Anseio por ser gota de
chuva,
Caindo do céu límpido,
em suave
sinfonia,
Regando a terra com meu
carinho,
Refrescando o mundo com
meu sonho e
alegria.
Anseio por ser um
torrão celestial
cadente,
Cruzando o espaço com
rastro
incandescente e fulgurante.
Realizar o desejo de um
menino,
Ser Anhangá, ser Tupã,
guardião da
floresta exuberante.
Anseio por ser música
sagrada,
Tocando a alma do povo
em vibrante
sinfonia.
Me inspirar no ritmo do
valente,
Harmonizando o bem com
minha doce
melodia.
Anseio por ser tudo e
ser nada,
Transcendente do som e
da cor, em
pura magia.
Ser energia pura na
explosão,
Ser amor em cada
vibrante canção.
Anseio por ser tudo na
natureza,
A transcendência, amor
em cada
instante e beleza.
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