Refaço-me em caminhos pisando, pisando em passos
contidos. Trilho a terra,
esperançoso, por veredas floridas. O que faço, poucos
notam, quando é luz
refletida. No horizonte desponta a vida: um sol radiante,
norte dos meus
Anseios.
Caminho sobre o chão, sobre nuvens, minhas trilhas
imaginativas. Sob o céu,
que me acena, em formas fugidias. Não me aflito, quando
vejo o que me
envolve. Tenho asas, guardadas, em medos que me tolhem.
O suor é meu rosto diluído de ser. Minha prece é a
lida, é trabalho por
fazer. Há lençóis, embrulhadores de sois, onde me
abrigo. Um lençol
noturno, onde a lua se desnuda.
Aterrizado do céu, vou em passos ligeiros, estendidos.
É a pressa para o
infinito, uma corrida para as alturas. É o homem
apressado, ante a criança
que parou, um dia. É a nave de pernas ágeis, de pés
desenfreados, para a
a vida que quer ver-se redimida.
Não me leve a mal, não são passos fugitivos. Uma pressa
incontida, dá até
dó de se ver. O ar não é estrada para asas recolhidas.
As nuvens acenam,
em cenas cridas, figuras fingidas. É a esperança que o
vento faz e refaz.
Juízo, aos de baixo, sob as pisadas, em cenas gasosas,
que são até
divertidas. Penso assim: subo à vida, em trilhas
íngremes, apontadas para
o norte. Nem me assombro com a morte, quando sinto que
é mar, rumo a
um porto que me aporte.
Uma prece escolhida para o jeito de ser. Nesta estrada
estendida é: sem
parar, sem
parar, em frente, em frente. Sempre resiliente. É a vida.
Betonicou©
De volta após algumas ondas de mar...