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segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Ondas imaginativas© Copyright


Refaço-me em caminhos pisando, pisando em passos contidos. Trilho a terra,
esperançoso, por veredas floridas. O que faço, poucos notam, quando é luz
refletida. No horizonte desponta a vida: um sol radiante, norte dos meus
Anseios.
 
Caminho sobre o chão, sobre nuvens, minhas trilhas imaginativas. Sob o céu,
que me acena, em formas fugidias. Não me aflito, quando vejo o que me
envolve. Tenho asas, guardadas, em medos que me tolhem.
 
O suor é meu rosto diluído de ser. Minha prece é a lida, é trabalho por
fazer. Há lençóis, embrulhadores de sois, onde me abrigo. Um lençol
noturno, onde a lua se desnuda.
 
Aterrizado do céu, vou em passos ligeiros, estendidos. É a pressa para o
infinito, uma corrida para as alturas.  É o homem apressado, ante a criança
que parou, um dia. É a nave de pernas ágeis, de pés desenfreados, para a
a vida que quer ver-se redimida.
 
Não me leve a mal, não são passos fugitivos. Uma pressa incontida, dá até
dó de se ver. O ar não é estrada para asas recolhidas. As nuvens acenam,
em cenas cridas, figuras fingidas. É a esperança que o vento faz e refaz.
Juízo, aos de baixo, sob as pisadas, em cenas gasosas, que são até
divertidas. Penso assim: subo à vida, em trilhas íngremes, apontadas para
o norte. Nem me assombro com a morte, quando sinto que é mar, rumo a
um porto que me aporte.
 
Uma prece escolhida para o jeito de ser. Nesta estrada estendida é: sem
 parar, sem parar, em frente, em frente. Sempre resiliente. É a vida.

 

Betonicou©

De volta após algumas ondas de mar...