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terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Memórias © Copyright

 


Penso na menina de tranças,

com suas sardas feito flores pálidas.

Penso solto, nas lembranças, que

vagueiam nas nuvens,

feito emoções sempre cálidas.

 

Vejo de minhas janelas, os acenos,

fruto das emoções gasosas.

Apego-me nas brisas que se foram e,

minhas narinas, ainda sentem o

perfume das flores melindrosas.

 

Sinto   calafrios na pele,

mas não são de frio de palavras,

de sentimentos gélidos.

Sinto arrepios na alma,

pelas saudosas pegadas ,nuas e singelas,

porém, não fora dos decoros válidos.

 

 Penso na moça, sempre realçada,

no andar das rotas de minhas internas

 vias não alteradas.

 

 Vejo-me reescrevendo com as linhas

dos olhares, nas curvas, que as vezes,

por elas passeei, tão lindas e delicadas.

 

As flores violetas enfeitam de roxo

o óbito de algumas cenas passadas.

 

Lá estão as flores branca, acenando

ao vento, a todo tempo.

 Sorrisos atenuantes, à saudade,

até então, amargurada.

 

Essas, são ruas, presas aos delírios,

que divagam em minhas vãs e

pesadas passadas.

 

Meus pensamentos se turvam. 

De minha boca saem  palavras,

sem som, de minhas ansiedades caladas.

É o silêncio, o grito, ecoado, de minhas

internas vozes   refugiadas.

 

São das minhas retinas as cenas

da moça decorosa.

São dos meus olhares, a vista da

Saudade, escondida e, silenciosa.

 


By betonicou

Arte: Sergey Smirnov - Armandine Jacquemet Soares


Responderei caso for necessário. 


 

 

 

 

 

 

           

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