Páginas

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Paz flutuante© Copyright




Uma nau de vento é que
preciso,
asas de passarinhos
em ninho de primavera,
paz acenada em vez de ida
que se desespera,
pois é a vida passageira;
uma brisa leve, viajada
do paraíso.
 
É a direção a um destino,
um voo de delírio que
se precipita,
dois pés aventureiros
sobre essa estrada;
vida de passeio estreito; uma
jornada.
 
Viagem longa, passageira,
tem jardins e seus espinhos,
mas tem lírios, tem abraços
de gente que espera.
 
Vida de lua, arruaceira,
braços que se agarram,
num passar de tempo,
de uma manhã antes
estrangeira;
repete-se o brilho,
num círculo de vícios
temporais.
Fazem-se as fases, subidas
e declínios,
imaginações ou cenas
tão reais.
 
Árvore solta da castanheira,
longe do souto, da paz
companheira,
entre as guerras das estações
das sortes.
Dedo que aponta o infinito
Querer uma paz ao grito;
voz que pranteia à vida
ao invés da morte.
 
Vida requer os ares mansos.
As rosas tem seus agulhões.
A humanidade têm seus anjos e
suas feras.
 Espinho que dilacera e, pétala de flor
que voa; uma paz ao vento. 

By betonicou

Arte: Evangelina Pietro LopES

Responderei caso for preciso.