Há
sinfonias na alma. Existem murmúrios de notas tristes onde o coração esqueceu
de desatar aquele abraço. Há uma pedra e ainda há um laço. O riacho tocou em
notas molhadas e o som era como pingos caindo dos olhos, enquanto eu era mar de
amar, que de tão intenso, escondia em mim uma paz submersa. Havia duas luas
azuis em meu mundo interno e elas caíram em meu jardim para brotarem em
margaridas que, desapegadas do solo, voaram para longe do meu canteiro. Há um
campo onde as águas desabaram, descobrindo as trilhas de suas pedras; um prado
que se abriu em porta para uma nova história, onde novos ventos e outros rumos
hão de brotar: pois as margaridas voam para beijar a lua, enquanto eu, de alma
volátil, insisto em cortejá-la, voando e dançando junto às estrelas.
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