Quando se for, a saudade do amor
não vale. Quanto se vale, é o peso do que ficou nos suspiros. As nuvens estão
macias e o espirito encontrou travesseiro, à medida que o ar lhe preparava os caminhos
leves para dormir.
A alma gorjeava, com sua leveza a
tocar o sol. O vento dissipava como poeira póstuma, os restos do amor que na
saudade, havia sido sepultado. A leveza voava seu passarinhar cósmico e sem
pudor tocava as estrelas.
As lembranças vagavam, desajustadas, num redemoinho louco, porque, na memória, esperava-se teimoso por uma vã
ilusão. O vento levava flores que rodopiavam, bêbadas, num ar alcoolizado, enquanto
a lua, sorria; debochada.
Era a rede: cama, para deslumbrar a escuridão que vinha com
suas sombras voantes, à medida, que a paixão fugia, tola, pelas janelas abertas de
um olhar mais claro. Se se mede o amor: aquele, era mais baixo que minhas
sonhadas nuvens.