Fui visitar a lua
cheia, nos
distantes siderais.
Anjos cantaram em minha
face, no
meu sonhar mágico pelos
mares
desses ares.
Vi os que vivem além do
mundo e
quase sempre, os acima das nuvens
repletas de suas doces
chuvas ou
ventanias.
E vi descerem o planar
suave ou
insólito, das leves e, não menos,
belas plumagens.
Pairavam ao senhor das
sublimidades.
Senti o orvalho bem
antes de
molhar-me a mim!
Voei nas nuvens, rumo
às flores
de todos os lugares.
Subi com as preces que
diziam
tudo sobre mim, e ai de mim, sem
meus abraços, ninhos das asas
claras, dos seres celestiais.
O mundo abaixo
cintilava suas
luzes ao redor de suas estradas
do destino.
Destino seria eu, um
dos ventos a
tocar as coisas finitas ou
eternas?
Ai de mim nesse chão de
cristais,
por onde vejo a lua e a
noite com
seus flocos de
claridade.
Por onde os caminhos da
alma
encontram os pés, num
gesto de
sossego, todo coberto de prece da
bondade.
Nas poças d'águas
entrei e viajei
para o além daquele
espelhado
caminho sonhado.
A lua deitada sobre mim
cuidava
daquele meu sonho. Eu extasiado e
acordado.