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sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Sossego © Copyright


E tudo em volta florescia, até os brancos lírios, sem pecado meu amor, e tinha a calmaria do anoitecer e do amanhecer.

Tinha as estrelas que cintilavam o acontecer e, o sol, acenando no horizonte, com raios, feitos Pétalas douradas de flor.

Sim, aconteciam acenos, mas não eram de fazer saudade. Tinham os cantos dos jardins bem ali, no quintal de minha mocidade.

Havia águas calmas nas torneiras de minhas preces. No ar, a voz, de minha terna e orada felicidade.

Lá no quintal, o mundo é sagrado. Há vertentes de águas calmas, da alma que orvalha, noite e dia. Há, o jardim santificado com o amor das azaleias, das rosas e, das tantas outras formosas e singelas perfumarias.

Lá, o vento ecoava calmo, pelas vias das minhas narinas. Tinha o vale, de minhas tenras brincadeiras, consagrado às minhas verdes, não amadurecidas retinas. Lá, onde mora, a primavera de todas sementes desabrochadas, antes batizadas, em águas cristalinas.




  

Betonicou©

Arte:Anna Silivonchik