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quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Odisseia .© Copyright


 São estrelas-guias, essas viajantes, acima de minhas estradas. São margaridas nas terras frias, ou vermelhas das constantes caminhadas.

São luzes tênues, feito dor, ou canto da triste ou alegre melodia, pois o sol reclama, da noite que termina o dia.

O que seria, sem as luzes que voam nas asas mágicas dos vagalumes? O que seria dos nossos jardins, sem os lindos girassóis, que sufocam os amargos queixumes?

São as aquarelas, todas essas luzes coloridas dos reflexos sob qualquer água. O meu sol é a poética luz de velas. É apaziguada madrugada esperançosa pelo dia. É poesia nascente, sob a nuvem, que constantemente deságua.

São os pingos desses versos uma esperança sorvida pelos singelos bicos dos passarinhos. São esses gorjeios singelos e inocentes dos pequenos anjos e seus ninhos.

São estrelas, as marcas das pisadas, onde caíram as sementes plantadas e germinadas. São estrelas, as flores iluminadas pelas mágicas luzes dos pirilampos. São esses jardins, os céus terrenos que nos encobrem nos fins, de tempos em tempos.

É a esperança: uma estrela, que no coração todo mundo guarda; mesmo os descamisados de suas razões esquecidas. É sol, até as luzes que são vistas por debaixo das protetoras marquises, feitas de alegrias perdidas, sobre o morador que ali persiste. É vento e brisa sobre toda a pele. É estrela sobre todo o viajante que aqui ainda existe.



Betonicou©

  Arte: Galina Poloz = Último texto de 2017! Feliz ano novo a todos! Que venha 2018!