Meu
sangue, é fonte de emoção,
E
se ferve, brota lá na terra.
Gira
nesse meu mundo,
Irriga
meus olhos na longa espera.
Se
esfria, é morte.
Sempre
quente, é vida que impera.
Todo
esse vermelho é a cor
Que
tinge as flores rubras,
De
toda a paixão que se desespera.
Meu
sangue é a estrada
De
todos os meus desejos.
Nesse
meu sangue segue uma oração,
E
segue o fluxo...
Espalha
em ritmar de despejos;
Irriga
a fala.
É
a pauta da minha canção,
É
um rio que escalda a fera,
E
muda a estação.
Meu
líquido, são águas presas ou soltas,
Entre
toda leve, ou pesada sensação.
Meu
sangue é fogo que incendeia,
E
fogueira quente de minha forte emoção.
É
a voz que anuncia,
A
paz das minhas fronteiras,
E
solta as amarras abrandando a comoção.
Irrigando
vai pulsando a paz de tudo ou, a guerra.
Meu
sangue é fera banhada pela lua cheia.
É
calor do fogo desta terra.
É
rio, que no meu eu, todo serpenteia.
Meu
sangue é a vida da canção,
De
todas as minhas caminhadas.
É
a linha que sinaliza a velocidade
De
todas, as minhas retas ou curvas estradas.
Meu
sangue é a sorte que por dentro tanto rodeia.
Meu
rio é vida que se ergue,
É
fonte que emerge certo
Por
todas as minhas encruzilhadas,
É
vinho que me deita,
Nas
internas ou externas calçadas.
Se
solto é devoção,
Se
sentimentos tortos é fio de espadas.
Muda
todo doce, rumo à paz da minha esfera.
Se
for pureza ou sorte,
É
como água, é manso nas enxurradas,
É
como canção nos guetos,
É
vida que irriga e faz florir,
Toda
a minha interna primavera.