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domingo, 15 de outubro de 2017

Fluxo © Copyright


Meu sangue, é fonte de emoção,
E se ferve, brota lá na terra.
Gira nesse meu mundo,
Irriga meus olhos na longa espera.
Se esfria, é morte.
Sempre quente, é vida que impera.
 
Todo esse vermelho é a cor
Que tinge as flores rubras,
De toda a paixão que se desespera.
Meu sangue é a estrada
De todos os meus desejos.
 
Nesse meu sangue segue uma oração,
E segue o fluxo...
Espalha em ritmar de despejos;
Irriga a fala.
É a pauta da minha canção,
É um rio que escalda a fera,
E muda a estação.
 
Meu líquido, são águas presas ou soltas,
Entre toda leve, ou pesada sensação.
Meu sangue é fogo que incendeia,
E fogueira quente de minha forte emoção.
É a voz que anuncia,
A paz das minhas fronteiras,
E solta as amarras abrandando a comoção.
 
Irrigando vai pulsando a paz de tudo ou, a guerra.
Meu sangue é fera banhada pela lua cheia.
É calor do fogo desta terra.
É rio, que no meu eu, todo serpenteia.
 
Meu sangue é a vida da canção,
De todas as minhas caminhadas.
É a linha que sinaliza a velocidade
De todas, as minhas retas ou curvas estradas.
Meu sangue é a sorte que por dentro tanto rodeia.
 
Meu rio é vida que se ergue,
É fonte que emerge certo
Por todas as minhas encruzilhadas,
É vinho que me deita,
Nas internas ou externas calçadas.
 
Se solto é devoção,
Se sentimentos tortos é fio de espadas.
Muda todo doce, rumo à paz da minha esfera.
Se for pureza ou sorte,
É como água, é manso nas enxurradas,
É como canção nos guetos,
É vida que irriga e faz florir,
Toda a minha interna primavera.

 



Betonicou©