Prezo aquela
flor que, de tão formosa, soube atrair a atenção, do meu modo de sentir e de
tudo que faço. Prezo o aroma de pura castidade, onde todo ávido aspiro a rosa,
e nem me disfarço. Prezo o jardim daquela rosa, pois também quero me inebriar e
me afundar nos beijos que calam a prosa. Prezo o voar nos ares da liberdade E
falar sem falsidade. Prezo da Marcela a pele macia e aveludada e da azaleia, a
roxa candura, além da seriedade. Prezo da margarida, o jeito suave e delicado
das pétalas brancas e o sol que a faz estrela de verdade. Prezo sentir todo
perfume adoçado. Prezo o rosto alvo feito de lírios que me tira daquele
silêncio tão calado. São essas as flores prediletas, Joias para esse meu olhar
fascinado. São essas as pétalas brancas ou coloridas da minha primavera. São
essas as pequenas criaturas presas a esse meu chão antes endurecido. São esses
os oásis das vidas áridas. Prezo as delicadas flores que no chão são
borboletas, a pousar nessa terra de areias cálidas. Prezo a flor de néctar de beija-flor.
Prezo a doçura do orvalho sobre as pétalas delicadas de cada flor; não
importando a cor.
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