Vem,
minha alegria, pousa nua, em mim,
serena,
Confessa
ao peito meu, desnuda este querer.
Revela
quantos beijos beijei, em cena,
E
a quantas travessuras de amor me
entreguei, a ver.
Em
quantas janelas, te esperando, me
debrucei,
veja
minha realidade, onde mora uma
saudade.
Brinque,
diante dos meus olhos, que são
janelas
da
minha vaidade.
Adentre,
expulsando do peito, essa tola
verdade,
Pois
a escura nostalgia, apenas nos coloca
nos olhos, um tom piedade.
Vem
e mostra-me, aquele tão pouco, aquilo
que
De
tão louco me fez empobrecer.
São
as minhas lembranças, essas minhas
heranças,
Que
de tão pecados, só faz entristecer!
Faça
de mim sua rua, porque de alegria,
Jamais
alguém pode sofrer.
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