Tem
certa gente que nasce em berço tão contente
Tem
certa gente que não sabe onde ficar
Tem
gente na varanda vendo o sol lá no poente
E
tem a gente que não sabe onde pousar
Tem
as pessoas que têm o riso tão de repente
E
tem a gente que tem que rir pra não chorar
Uma
esquina pra escolher o tão frequente
E
muita gente que se perde pra se encontrar
Tem
gente que acena pra quem volta distante
E
tem os acenos que o coração faz apertar
Uma
saudade, apenas uma, nos consome
Ai
querer, uma canção pra recordar
Tem
as pessoas que parecem ser de um mundo tão distante
E
sempre tem alguém que nunca pertence a nenhum lugar
O
sonhador que voa nos pensamentos divagantes
E
a realidade que sabe onde o coração descansa e onde o peito pode repousar
E
vontades, é o que tenho de tão latente
Uma
esperança que águas turvas não possam ofuscar
Uma
aquarela de cores lindas e marcantes
E
todas as cores do mundo e ninguém cinza para apagar
Uma
canção que toque o surdo e esse sorrir pra gente
Uma
poesia que o mudo declame e nos ensine o que falar
Uma
nova versão de o homem nascer tão gentilmente
Ao
vir ao mundo sorrir e não chorar
E
toda gente saber que somos uma só aquarela
Deste
mundo de cores tão vibrantes
Somos
uma só gente, com a mesma vontade de viver e de sonhar
Iguais
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quinta-feira, 25 de junho de 2015
Iguais ©Copyright
segunda-feira, 22 de junho de 2015
Emoções © Copyright
Coração, se disser, nunca digas
adeus. Faça então uma prosa, uma poesia sem voltas, com versos teus. Beijos são
frutas envenenadas, com gosto de amor. É poesia molhada, pelo resto das chuvas
de um devaneio sedutor. Seja eloquente ou tímido, talvez…, mas não faça nada
que desencante a doçura orquestrada, pelos sentimentos da vez. Mas peço
cuidado, nunca faça por mim. Nunca faças o vazio ser a minha retirada das
paixões mal concebidas; não quero assim! Desconheça qualquer terreno vazio, sem
flor, sem pudor. Desconheça as ruas descaradas, declaradas de vício e despudor.
Seja de amor à fluidez! Sejam emoções claras; espero de ti ao menos a lucidez.
Não, não te esqueças! Nunca chores por mim! Não quero rosas, e nenhuma flor,
pois espinho vem junto com cenas de amor. Se virtude ou vício, foi desde o
início, que foste assim… quero a razão que faz de todos os cuidados, versos bem
fraseados, de juras sem fim. Que vejam minha nitidez, em disfarçar meus
conflitos, na presença de toda fugaz timidez… Coração, desconheça todas as
cenas, todos os gestos vazios. Que desconheçam de mim, os sentimentos vadios;
se ternura ou fases de cio. Que seja de minha razão, a última palavra, a
afastar-me do delírio. Mas peço, por favor! Que vivas talvez. Mas nem sempre
sem pudor. Seja a paixão repousada na razão. Às vezes, a minha gelidez. Quero
pulsar sereno essa vida, e sempre amar calmo outra vez.