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terça-feira, 9 de junho de 2015

Cativos © Copyright

De todas as mulheres, tu és sempre a mais fácil. E o que faço de mim? Faço de mim vaidade. Faço de mim todo cuidado para agradar-te, sou sempre assim. Faço de mim uma rua, onde passeia nua, numa meia-luz. E tu vagueias, vaidosa, feito flor em teu jardim, audaciosa, toda conduz.

De todas as mulheres, é a verdade infinita que toca em mim. É a poesia que sou, minha musa inspiradora, embrulhada em lençóis brancos de cetim. Agradar-te é meu refúgio e os meus olhos enchem-se de brilho com a tua luz. E eu vagueio nos teus caminhos de amor e teu jardim, todo sedoso, induz.

Tu és os meus delírios e todos os meus sentidos tornam-se rubros, carmesins. Fazes de mim vergonhoso, e trazes à tona o que sou. Meus segredos de amor dos botequins. Agradar-te é sempre um risco, mas em meus delírios, és a minha luz. E eu aceito teus gestos de amor! O teu jeito agora solto, é o que tudo seduz.


Betonicou©