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terça-feira, 28 de abril de 2015

Abstração © Copyright




Meu sono e meus sonhares, são
 parceiros dos meus sentidos.
Descanso num sono leve, mas ao
 sonhar, desperto meus gemidos.
Quando profundo, os meus sonos,
 aí vêm os pesadelos.
Meus sentidos leves tentam
emergir, para trazer à tona os
meus sonhos belos;
os intensos, são os meus
 flagelos.
 
Meus vagos momentos de sonhar,
 são a minha realidade, pouco
vivida.
São brisas de instantes leves e
 são estações, sempre atemporais.
É uma rápida passagem pela razão;
em meu sonho diluída.
Meus sonhos são meus segredos.
 Emergem de minhas sensações.
São os planos de meus mundos,
sãos ou insanos, e são minhas
 harmonias e confusões.
 
Meu sonho é um descansar profundo
 com minhas pálpebras cerradas.
Não quero divagar sem rumo, com
as percepções embaralhadas.
Meus sonhos guardam meus
segredos, e revelam as minhas
tentações.
Em minhas visões vejo-me, em
desejos loucos! São minhas
febres, ou gélidas emoções.
Me pego louco pelos cabelos
 tentando acordar meu juízo!
Eu quero dormir por inteiro!
 Tento atravessar as muralhas.
Eu quero o sono simples, sem
desespero. Minha cama guarda o
meu corpo
Inerte, mergulhado em divagações.
Meus sonhos, às vezes são
 devaneios, tipo lisérgicos, de
 quimeras proporções.
Às vezes sonho os meus retratos,
e às vezes, minha pele está
vazia, sem as cores dos momentos
 que guardo.
E tantas vezes me pego em
abraços! Meus sonhos são meus
juízos, num quadro de palcos
abstratos.


Betonicou©

Arte: nadejda sokolova






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