Poder sentir a alegria livre, do eu desesperado. E se eu
respirar o
Vento gélido do desgosto...
Quem me dera poder sentir o calor de
Teu beijo, nos ventos quase frios de agosto. Ah!-
Quantas vezes eu
vi coisas tão estranhas nas ruas... E tantas vezes me perdi na magia,
De varias formas, vestidas e nuas... Sem perceber fiz-me de mistérios...
Sem render-me
desafiei todos os critérios Ah!- Mas se
eu não tiver a
Força para remover todos os meus medos; Quero que fique ao menos
Uma sombra, sobre todos os tolos segredos. Ah!-tantas vezes deixei-me
Ficar triste... Queria eu, ao menos abraçar ,e viver, a felicidade
Que sei que ali existe... Quero um relógio de bolso Para
marcar todo
Instante; pois todo o meu tempo e’ tão pouco, e deste tempo,
ainda
Sou escravo viajante... Ah! -Tantas vezes fiz-me ficar
surdo... Por tanto
Tempo vivi, a amargura silenciosa de um mudo... Mas se algum
dia eu
Sorrir, por tão pouco, e’ puro gosto! E’ que encontrei a
grandeza escondida,
Dentro de cada pessoa sem rosto... Ah!- Quem me dera poder
ser todo estranho!
Ter qualquer forma, sorrir qualquer gesto, ter a chuva fria para
o banho.
.Muitas vezes eu mesmo quis ficar mudo... Sem a palavra que mata o amor,
Este amor do meu mundo... Ah!- Então façamos tão bem assim...
Suportando de
Tudo um pouco... O pouco que cabe dentro de nós ! Porque a
esperança vai sorrir
Um dia; este meu sonho a sós! Ah!- Quem me dera amar mais
uma vez, sem ficar
Louco... Quero o amor de um dia, e dizer que foi pouco...
Quero verdadeiramente
Amar por um dia! Pois
amar mais ou menos em mil dias, isso sim, e’ muito pouco...